Montagem com o panfleto do programa "Zeladores de Santos", uma charge de cabide de emprego e o gráfico de número de servidores na Prefeitura de Santos desde julho de 2015, mostrando que esse número só cai.

Programa Zeladores de Santos = Curral eleitoral + trabalho precarizado

O governo anunciou no dia 24/03 um novo Programa chamado "Zeladores de Santos" para a contratação de trabalhadores que farão a manutenção dos espaços públicos municipais.

O objetivo do Programa é burlar a Lei que exige Concurso Público para os trabalhadores de todas as prefeituras do país. Não tem desculpa, são todos cargos que já existem na Prefeitura ("eletricistas, pedreiros, carpinteiros, marceneiros, soldadores, pintores, armadores, jardineiros, ajudantes gerais, azulejistas, telhadistas, grafiteiros, serralheiros e outros profissionais da área de construção civil e zeladoria"). Basta fazer Concurso Público e nomear os que passarem.

DE PROPÓSITO PARA DAR ERRADO

O vínculo empregatício mais frágil é proposital para a manutenção dos equipamentos públicos ficar cada vez mais capenga mesmo. O trabalhador não tem certeza se continuará no mês seguinte ou será substituído na lista do "banco de talentos". Isso o obriga a pegar outros trabalhos por fora.

Pela pergunta do formulário de inscrição dá a entender que o governo quer precarizar o vínculo no nível dos aplicativos, a chamada "uberização", veja: "Você gostaria de receber alerta dos serviços da prefeitura?".

Uma das perguntas do formulário: "Você gostaria de receber alerta dos serviços da prefeitura?"

A manutenção ficará mais lenta e incerta. A população percebe o desleixo e a ladainha liberal de terceirização cai como luva. Será esse o objetivo?

CURRAL ELEITORAL

Desde o começo do governo Paulo Alexandre (PSDB) os tucanos tentam burlar a Lei que exige Concurso Público. Já foram flagrados no escândalo dos chequinhos/RPA, já tomaram notificação do Tribunal de Contas por conta das contratações irregulares pela antiga Lei 650, agora tentam a mesma precarização através desse Programa.

De moderno não tem nada, Rogério Santos (também PSDB) está voltando à época de antes da Constituição de 1988. Época dos grandes cabides de emprego para amigos e cabos eleitorais, onde milhares eram demitidos e outros milhares contratados sempre que trocava o prefeito ou os vereadores.

CONCURSO PÚBLICO JÁ!