Em janeiro de 2014 a Farmácia de Alto Custo de Mato Grosso passou a ser administrada pela Secretaria de Saúde do Estado (SES). Antes era gerenciada Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas). O motivo do rompimento do contrato? Medicamentos vencidos foram encontrados, em 2013, no almoxarifado da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde. Eles seriam entregues à população normalmente.
O superintendente do Ipas, Edemar Paula da Costa, deu uma justificativa muito comum entre OSS que praticam irregularidades: botou a culpa no governo. Ele alegou que a perda de medicamentos se refere aos remédios que estavam guardados no refrigerador. Por conta de um defeito na geladeira, o remédio teria vencido. “A culpa não foi nossa, porque avisamos muito tempo antes sobre o risco de a geladeira queimar, mas não foi feito nada”, disse ao G1.
Além dessa perda de medicamentos que venceram por falta de resfriamento, centenas de medicamentos venceram no almoxarifado da organização social. Na pilha de caixas com os remédios, há uma inscrição que informa que eles deveriam ser consumidos até dezembro de 2012. Outra pilha de medicamentos tinha vencido em abril do ano passado.
Os medicamentos de alto custo deveriam ser destinados para o tratamento de pacientes com câncer, problemas neurológicos e outras doenças graves.
Um sindicância foi aberta para apurar o caso e no meio deste ano foi lançado um processo licitatório para a contratação de uma nova empresa para gerir o setor.
Essa é solução. Insistir no erro e entregar um serviço de alta importância, que deveria ser administrada diretamente pelo serviço público a uma nova empresa travestida de entidade sem fins lucrativos.