O Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio de Janeiro quer saber: onde foram parar os R$ 2,5 milhões que saíram dos cofres da prefeitura para pagamentos de salários de funcionários de um hospital na Ilha do Governador antes mesmo da unidade começar a funcuonar?
A pergunta é feita mais diretamente à Organização Social Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), que teria pago a quantia a médicos e enfermeiros antes mesmo deles começarem a trabalhar. Conforme noticiou o Jornal O Globo, a grana saiu do caixa da administração municipal, que contratou a OS para gerir o Hospital Municipal Evandro Freire. O caso foi revelado no último dia 26 de novembro, pelo RJ TV 2ª edição da TV Globo.
Embora o Hospital Evandro Freire ter começado a operar em 7 de fevereiro de 2013 – foi oficialmente inaugurado no início de março -, a OS Cejam começou a receber da prefeitura quase um ano antes: em março de 2012. Neste período, o hospital ainda estava sendo construído.
De acordo com o relatório do TCM, a irregularidade partiu da Secretaria Municipal de Saúde, que planejou a inauguração da unidade para 2012.
Outra irregularidade apurada na auditoria é o fato da OS ter recebido dinheiro para gerir cem leitos, e ter funcionado com apenas 57, durante um ano inteiro. Hoje, o hospital possui 103 leitos ativos no hospital.
Apesar de todos os problemas, a prefeitura prorrogou o contrato de gestão com a Cejam até março de 2015. Na matéria do RJ TV 2ª edição, feita pelos repórteres Pedro Bassan, Luiz Paulo Mesquita e Artur Guimarães a Secretaria Municipal de Saúde não respondeu sobre os pagamentos feitos antes de o hospital ser inaugurado.