Tamanho foi o rombo causado na terceirização da Saúde de Mato Grosso que está difícil até mesmo apurar os prejuízos. A Secretaria Estadual de Saúde teve de contratar uma auditoria externa para verificar gastos de Organizações Sociais de Saúde (OSSs) em contratos firmados com a pasta.

É mais dinheiro do contribuinte sendo desperdiçado. Em Mato Grosso, as OSSs chegaram a gerir sete hospitais regionais do Estado. Ao site Olhar Direto, o secretário de Saúde, Marco Bertúlio, disse que a pasta não tem pessoal suficiente para isso, e nem mesmo a Controladoria Geral do Estado (CGE) pode dispor de auditores para esse trabalho.

Reparem bem: na hora de aprovar e defender a celebração de contratos com entidades que na verdade são empresas de olho nas verbas públicas, os governantes dizem que é para o bem geral do povo e que tudo ficará sob controle. Já na hora de correr atrás do prejuízo, mais uma vez delegam a terceiros, assumindo que não têm capacidade de apurar as falhas e investigar os supostos desvios. Assim é moleza governar.

“A auditoria seria para validar o dinheiro que foi gasto em todos os hospitais geridos por OSS. Hoje temos auditoria do SUS (Sistema Único de Saúde) que tem problemas de qualificação de pessoal. E temos a necessidade de fazer auditorias frente ao que encontramos. A capacidade operacional é limitada e não vai dar resposta. Então é uma alternativa recorrer a uma auditoria que puder apresentar resposta”, disse Bertúlio.

“Já temos três auditores da CGE na Secretaria de Saúde em período integral, basicamente analisando os pagamentos indenizatórios. Eles nos ajudam nos contratos que apontamos alguma questão que precisa ser averiguada. Estamos no quinto mês de gestão e não conseguimos terminar isso”, completou.

O secretário prossegue, dizendo que a ideia vai contratar uma instituição com experiência na área e renome. “Tem que ter expertise e apresentar resultados sem precisarmos fazer averiguação. Queremos uma auditoria com credibilidade e competência”, disse Bertúlio.

O secretário não informou o orçamento disponível para a contratação, e nem deu prazo de quando a auditoria começará os trabalhos. Mas informou que o processo de contratação já foi iniciado. Haverá um concurso de projetos do qual sairá a melhor proposta para o Estado, informa o Olhar Direto.

Atualmente, três dos sete hospitais regionais de Mato Grosso estão sob intervenção estadual: Alta Floresta, Colíder, Sinop. Além disso, o Hospital Metropolitano de Várzea Grande já está sob gestão do Estado. Permanecem sob gestão de OSS os hospitais de Cáceres, Rondonópolis e Sorriso.

Olha o buraco sem fundo que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o Paulinho Privatizador, quer enfiar Santos! Colocar OSs na administração pública é um retrocesso. O que está ruim vai ficar pior!