O governador de Pedro Taques (PDT) decretou intervenção no Hospital Regional de Sorriso, no Mato Grosso, administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano.
Conforme noticiou o site Mídia News, uma auditoria feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e documentos do Ministério Público Estadual (MPE), apontaram que a OSS estava descumprindo o contrato e que a gestão era feita de forma “inadequada”.
O alerta disparado pelo Ministério Público é de que a OSS rescindiu contrato com ginecologistas e obstetras, elevando as estatísticas de reclamações de pacientes do SUS por falta de atendimento.
A servidora Rejane Potrich Zen, da Secretaria de Estado de Saúde, foi nomeada interventora. Será instaurado um procedimento administrativo para averiguar as responsabilidades pelos problemas elencados.
O prazo da intervenção é de até 360 dias. Para quem não se lembra, as famigeradas OSSs foram trazidas para Mato Grosso pelas mãos do ex-deputado federal Pedro Henry, condenado pelo esquema do Mensalão.
E hoje a Assembleia Legislativa de Mato Grosso está com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar todas as falhas e supostos desvios de verba cometidas desde então.
Atualmente o estado conta com sete hospitais regionais. Três são geridos por OSS, sendo eles os de Rondonópolis, Cáceres e de Sorriso, que agora fica sob intervenção. Há outros três administrados por interventores: Colíder, Alta Floresta e Sinop. Uma unidade, o Metropolitano, de Várzea Grande, é tocada pelo próprio Estado.
Taques deu ordens à nova interventora para recuperar a regularidade do gerenciamento, cobrar obrigações da OSS contratada desde 2012 e apurar responsabilidade.