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Causou furor na classe artística a proposta de incentivo cultural apresentada pelo vereador governista Del Bosco Amaral (PPS), na Câmara de Santos. Já existe lei que regula tal atividade e além disso, alertaram os eleitores internautas, ninguém foi ouvido. “A Conferência Municipal de Cultura tem mais de 40 propostas. O senhor desconhece”, rebateram os leitores da fanpage Vereadores de Santos – Para quem eles trabalham.
O premiado diretor de teatro, Platão Capurro Filho, foi pontual. “Seu pensamento demonstra total desconhecimento da nossa realidade. Porque não melhorar a própria lei do Facult que um ex-secretário incompetente fez o desfavor de alterá-la. Poderia até ter o mecanismo de renúncia fiscal, porém que esse dinheiro público gerado pela renúncia caísse direto no Fundo de Assistência à Cultura (Facult) e não ficasse nas mãos dos empresários, que está mais do que comprovado, utilizam para benefício próprio… O próprio Conselho de Cultura seria o responsável para destinar esse recurso às produções locais, como acontece com o edital”.
Na visão de Platão, a uma inversão de prioridades. “Se realmente o senhor quer fazer algo pela cultura e pelos artistas, pressiona seu prefeito a concluir as obras do Teatro Municipal, do Teatro de Arena Rosinha Mastrângelo, da galeria do TMBC, de levar eventos artísticos e oficinas de arte para os bairros…”
O ator Caio Martinez Pacheco, da Truppe Olho da Rua, também se manifestou. “Absurdo! Perigo para a Cultura! Em total desacordo com a última Conferência Municipal de Cultura… No momento em que está mais que provado, as injustiças e a falta de resultado desse tipo de mecanismo que transfere para as empresas o direito de escolher quem será financiado com dinheiro público, o nobre vereador apresenta uma lei dessa! Por que o vereador não pegou alguma das mais de 50 propostas da Conferência Municipal de Cultura para transformar em Lei?”
