Em reportagem de Maurício Martins, publicada neste domingo (20/3), o jornal A Tribuna mostra um pouco dos desdobramentos da Frente Parlamentar de Inquérito instalada na Assembleia Legislativa para apurar irregularidades denunciadas contra a Fundação ABC.
Pela reportagem fica fácil observar a dimensão de atuação da Organização Social, espalhada em diversas cidades e dezenas de equipamentos públicos no Estado. Só na Baixada Santista a entidade recebe R$ 190 milhões por ano, sendo R$ 130 milhões em contratos com a Prefeitura de Praia Grande.
Na matéria a deputada estadual Vanessa Damo, explica que uma das denúncias em investigação é a presença de funcionários fantasmas no Hospital Irmã Dulce, gerido pela mesma OS. Os dados sobre esses profissionais, inclusive holerites, serão enviados para que o Ministério Público apure mais profundamente.
Confira os principais trechos da reportagem:
Vale lembrar que em Santos o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) contratou a mesma entidade para gerenciar a UPA inaugurada recentemente e que hoje é alvo de constantes reclamações dos usuários.
O mais irônico é que no chamamento público a penas a Fundação do ABC se mostrou interessada em participar da concorrência para o contrato da UPA, entre várias OSs que se habilitaram a atual na cidade.
Ressalte-se também que a mesma OS, a despeito de numerosas investigações e denúncias de irregularidades (inclusive a de que foi favorecida no processo de escolha de entidade gestora de um hospital em São Bernardo do Campo), está habilitada a participar do chamamento público para escolher a entidade que administrará o Hospital dos Estivadores, atualmente em obras.
Tudo muito estranho. Tudo envolvendo muito dinheiro. Dinheiro que é pago pelo contribuinte!