Não há mais muitos comentários a fazer sobre a atitude omissa do Conselho Municipal de Santos quando da aprovação da lei que permite a entrada das Organizações Sociais na Saúde Pública de Santos. Relatamos muitas vezes aqui no Ataque aos Cofres Públicos todas as nuances dessa premeditada passividade – para não dizer solidariedade – do órgão “fiscalizador” diante da política privatista do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
Agora, o vice-presidente do Conselho, Roberto de Moura, superou todas as expectativas. Em vez de cobrar o governo santista sobre o péssimo serviço prestado pela UPA terceirizada a R$ 20 milhões/ano, Moura parece atuar em nome do órgão como uma espécie de representante de vendas da Santa Casa de Santos, uma instituição considerada ‘filantrópica’, mas que como os demais hospitais particulares, atua como empresa, encarando saúde pública com lógica mercadológica.
É o que se pode concluir da matéria publicada nesta quarta-feira (22), no Jornal A Tribuna.
Note-se que o membro da diretoria Conselho pretende extrapolar os limites geográficos de atuação do órgão, fazendo gestão para que outros municípios da Baixada firmem convênio com o hospital, a exemplo de Santos.
Não basta termos mercadores da Saúde… Santos tem até atravessadores de olho na transferência de mais recursos do SUS para a iniciativa privada ! É muita gente lucrando em cadeia.