Conforme noticiou o Jornal O Globo, o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCM) decidiu nesta terça-feira (19), determinar à Secretaria municipal de Saúde que anule do contrato celebrado com a organização social Iabas, gestora do Hospital Rocha Faria e do Centro de Emergência Regional do Campo Grande.
De acordo com o TCM, foram constatadas diversas irregularidades no processo de seleção da OS, realizado em abril de 2016. O conselheiro Ivan Moreira exigiu, ainda, a instauração de uma tomada de contas especial para apurar se a contratação da Organização Social (OS) trouxe prejuízos aos cofres públicos. Em seu voto Moreira diz que, e em caso positivo, devem ser identificados os responsáveis para que se proceda as punições cabíveis.
Os repasses previstos em contrato chegam a R$ 233,3 milhões para a gestão das duas unidades. O TCM concluiu que o Iabas apresentou documentação incompleta e, mesmo assim, foi escolhido no processo seletivo.
Tanto no Hospital Rocha Faria quanto em outros equipamentos hospitalares municipais terceirizados, como o Salgado Filho, o atendimento tem sido muito precário.
Pacientes têm tido dificuldades para fazer cirurgias e exames. Há falta de insumos, de medicamentos e até de comida. Alguns funcionários terceirizados têm pedido socorro por meio de bilhetes anônimos. (Veja aqui). Eles reclamam de falta total de condições de trabalho e de atrasos nos pagamentos dos últimos três salários.
O Ataque aos Cofres Públicos têm mostrado os reflexos da crise da saúde terceirizada no Rio mesmo antes de ela chegar ao seu ponto máximo. Em uma das matérias entrevistamos o vereador Paulo Pinheiro (PSOL). Ele denunciou as várias suspeitas de ilicitudes ligadas às OSs beneficiada com gordos contratos na rede municipal de saúde do Rio. Leia esta matéria e outras clicando nos links abaixo:
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