Greve de médicos do Ouro Verde, alvo de terceirização e corrupção, chega ao 4º dia

Greve de médicos do Ouro Verde, alvo de terceirização e corrupção, chega ao 4º dia

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Em meio às diversas consequências negativas que a terceirização do Hospital Ouro Verde de Campinas (SP) gerou, está a iminência de centenas de profissionais perderem seus empregos. Figura também a descontinuidade de vários serviços para a população, que já sofre com a suspensão de cirurgias e exames.

Os médicos entraram no quarto dia de greve para tentar evitar demissões em massa, agora que a Prefeitura já decidiu que romperá o acordo com a organização social Vitale Saúde, acusada de desviar dinheiro do hospital em um escândalo que levou seis pessoas ligadas à entidade para a cadeia.

A administração anunciou que pretende colocar futuramente outros prestadores de serviços para manter o equipamento em funcionamento. Não está claro se uma nova empresa será contratada no mesmo formato de gestão, por organizações sociais.

O fato é que os médicos temem perder seus empregos e não receberem seus direitos, como ocorre na maior parte dos contratos com OSs rompidos, seja por ineficiência ou por desvios de verba.

A Prefeitura tem dito que um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) impedirá os desligamentos neste momento e que tentará aproveitar os trabalhadores quando romper o contrato com a Organização Social Vitale e definir, posteriormente, acertos com novos prestadores de serviço.

Desde a semana passada, cirurgias e exames foram suspensos. Apenas atendimentos aos casos de urgência e emergência estariam sendo realizados.

A OS investigada é acusada de desviar de R$ 4,5 milhões do Ouro Verde. No local atuam cerca de 1.400 funcionários.

Estado de greve
Além da manifestação dos médicos, enfermeiros e outros funcionários da unidade, incluindo técnicos e auxiliares de enfermagem, além de trabalhadores que atuam na administração, manutenção, cozinha e limpeza do Ouro Verde também estão em estado de greve.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região (Sinsaúde), que representa 1,1 mil profissionais, havia programado o início da greve dos funcionários para esta terça-feira (27), por falta de definição sobre as rescisões trabalhistas. Contudo, a entidade recuou após reunião com Pimenta nesta segunda, que, segundo ele, reafirmou as medidas anunciadas em janeiro no MPT.

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