Médicos suspendem atendimentos em protesto a situação critica no Hospital de Sinop

Médicos suspendem atendimentos em protesto a situação critica no Hospital de Sinop

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As más condições de trabalho no Hospital Regional de Sinop, gerenciado pela organização social (OS) Instituto Gerir, voltaram a ser expostas pelos funcionários da unidade.

Desta vez, o corpo clínico do hospital reclamou com a secretaria Estadual de Saúde, expôs a situação ao Ministério Público, que faz a intermediação extrajudicial, e alertou a todos que, desde o último dia 8, suspendeu alguns atendimentos devido a falta de condições adequadas e seguras.

De acordo com a nova denúncia, falta um diretor técnico, que é uma obrigatoriedade legal, funcionários, insumos, materiais e medicamentos, há precariedade na condição de trabalho e atraso nos pagamentos dos funcionários e dos prestadores de serviço terceirizados.

Em reportagem do site Só Notícias, o advogado Miguel Tavares Martucci, representante do corpo clínico, disse que faltam materiais básicos para esterilização, materiais cirúrgicos, condições básicas de higiene com as roupas de cama e até relatos de falta de algodão.

“A situação vinha caótica e quando a Gerir (Organização Social terceirizada pelo governo estadual) assumiu havia a esperança de que tudo fosse melhorar, mas, de fato, a situação continua caótica e sem perspectiva. Os problemas são os mesmos. A população olha de fora e pensa que é um hospital, quando, na verdade, por dentro está um caos”, afirmou.

Martucci alertou que a falta de condições de trabalho coloca em risco a vida dos pacientes e também a conduta médica. Segundo ele, tratamentos simples, que poderiam ser facilmente controlados, tendem a se agravar diante do quadro atual da unidade. Isso também expõe os profissionais, que podem ter algum procedimento prejudicado pela falta de estrutura e serem acusados de erro médico.

A intenção do corpo clínico com a denúncia é, segundo Martucci, chamar a atenção do governo estadual para a situação e alertar a população que só vai atender aos pacientes de acordo com a disponibilidade de material. “Os médicos estão alertando que não tem como proceder com novos atendimentos com a situação como está. Quem tiver necessidade de atendimento vai ter que procurar outro serviço. Isso não é uma medida de revolta, é por falta de condições. Quanto menos tem, menos se vai fazer”, alertou.

Por meio de comunicado, o Instituto Gerir negou que existam condições precárias de trabalho. “Pagamentos de fornecedores e prestadores de serviço (entre eles os médicos) estão sendo realizados a todos que apresentaram a documentação exigida por lei”.

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