A situação descrita abaixo é surreal, mas bastante ilustrativa para mostrar o quanto são perigosas as relações entre público e privado no setor público, envolvendo as organizações sociais.
Conforme publicou o Jornal O Liberal, o secretário-adjunto de Saúde de Nova Odessa (SP), que foi nomeado em maio deste ano, está devendo R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. A dívida de José Lourenço de Alvarenga (na foto, apertando a mão do prefeito) é da época em que ele presidia uma organização social que prestava serviços de forma terceirizada para a Prefeitura.
A OS em questão é a Pró-Saúde, empresa que também deixou um rastro enorme de estragos na saúde de Cubatão.
De acordo com a publicação, Alvarenga, por ser o último presidente da OS, está sendo cobrado judicialmente. O dinheiro devido teria sido embolsado irregularmente pela OS, que teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Como pode um gestor público, que inclusive é servidor do Município há 30 anos, estar devendo R$ 1,4 milhão para a própria Prefeitura. Coisas da terceirização! Agora, com que isenção e seriedade o Município vai cobrar o que lhe é devido? Na verdade o que é devido à população?
Será que a Procuradoria do Município, que é autora de ação na Justiça, vai até o fim para conseguir a execução da dívida, agora de Lourenço ocupa cargo de indicação política?
Como sempre, os cofres públicos e os usuários da saúde vão ficar com os prejuízos causados pela terceirização irresponsável da saúde.
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