O caso que vitimou fatalmente a dona de casa Irene de Jesus Bento, de 54 anos, ocorrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, no Rio, terceirizado para a organização social (OS) Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar (Pró-Saúde), terá desdobramentos.
Os familiares da Irene vão acionar a Justiça para obter punição dos responsáveis diante da negligência médica. Conforme informou ao site G1 o advogado João Tancredo, o processo será contra o Governo do Rio de Janeiro e contra a OS que faz a gestão do hospital
O caso
Um vídeo registrado pelo filho mostra o desespero dele para tentar conseguir o atendimento no hospital terceirizado. Os médicos contratados pela Pró-Saúde teriam dito que o estado dela não era grave e que deveria procurar outra unidade de saúde. Irene foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, também gerida por OS. Horas depois teve de ser transferida de ambulância de volta para o Hospital Getúlio Vargas, onde acabou morrendo.
Filho documentou a via crucis
Assim que chegaram à unidade, os filhos colocaram Irene numa cadeira de rodas. Ela estava visivelmente mal, com dificuldades para respirar. Depois de meia hora sem nenhum tipo de atendimento, Rangel resolveu percorrer o hospital com o celular na mão, mostrando o que os profissionais de saúde estavam fazendo, já que nenhum paciente era chamado para ser atendido.
As imagens mostram o filho da paciente entrando no consultório, pedindo socorro, mas encontrou uma médica mexendo no celular, junto com outros enfermeiros. Ele perguntou a ela o porquê de não chamar nenhum paciente. A médica disse que era necessário aguardar, que necessitava de uma ficha com o nome do paciente e que só depois disso poderia iniciar a consulta.
Muitos problemas com a terceirização
Foram muitos os episódios de precariedade no atendimento e irregularidades no uso do dinheiro público no hospital fluminense, gerido pela Pró-Saúde.
Veja abaixo alguns links de matérias que nós publicamos aqui no Ataque.
Falta até comida no Hospital Getúlio Vargas, gerenciado pela Pró-Saúde