Gaeco diz que desvios da OS Vitale foram maiores do que se pensava

Gaeco diz que desvios da OS Vitale foram maiores do que se pensava

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O Grupo do Ministério Público de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) informou, nesta terça-feira (2), que os desvios de recursos no Hospital Ouro Verde, em Campinas (SP), foram superiores aos R$ 4,5 milhões conhecidos até agora. O promotor Daniel Zulian fez a afirmação durante a 2ª audiência judicial sobre o caso, ocorrida nesta segunta (1).

O promotor não divulgou levantamentos apontando o tamanho dos desvios, no entanto, uma auditoria preliminar feita pela Prefeitura identificou na prestação de contas da Organização Social Vitale Saúde – contratada para gerir o hospital – “inconsistências” da ordem de R$ 20 milhões.

O montante envolveria desembolsos realizados pela administração municipal,  sem que a empresa conseguisse comprovar a execução dos serviços.

Para quem não sabe, a OS Vitale Saúde esteve à frente do Hospital Ouro Verde por 18 meses. Durante este intervalo de tempo, os repasses à entidade privada chegam a cerca de R$ 200 milhões.

Ainda segundo o promotor, existem provas de direcionamento na licitação para a contratação da Vitale. Em depoimento ontem ao juiz da 4ª Vara Criminal de Campinas, Caio Ventosa Chaves, os secretários Carmino de Souza (Saúde) e Silvio Bernardin (Assuntos Jurídicos) negaram irregularidades na licitação.

“O processo licitatório foi absolutamente correto”, disse Carmino, “O conteúdo técnico foi elaborado por especialistas e conduzido por uma comissão intersetorial”, argumentou.

Além dos secretários, o juiz ouviu também o ex-diretor de prestação de contas, Anésio Corat Jr, que é acusado de receber propina da Vitale.

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