A Prefeitura de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, anunciou nesta quarta-feira (19), que estava retirando da pauta da sessão extraordinária que a Câmara realiza na manhã desta quinta-feira (20), o projeto de lei que solicita ao Legislativo friburguense autorização para a contratar Organizações Sociais (OSs) em diversas áreas do Município.

A decisão foi tomada após uma reunião com nove vereadores e o secretário de Governo, Gilberto Salarini, durante a qual ficou claro que a aprovação da matéria causaria grande desgaste da bancada governista aos olhos da população e também geraria conflitos com a redação da nova Lei Orgânica Municipal, especificamente em seu artigo 56, inciso IX.

Com a onda de escândalos envolvendo OSs em todo o estado do Rio, o  Governo de Friburgo já dava sinais de que a matéria teria dificuldades para ser aprovada e explicada para os munícipes.

De acordo com análise do jornal local A Voz da Serra, contribuiu para a rejeição popular o fato do texto ter sido remetido no fim do ano legislativo, para que fosse apreciado em sessão extraordinária, sem TV Câmara, às 9h da manhã.

O prefeito recuou ao perceber mobilizações em redes sociais deixando claro que o plenário estaria cheio de pessoas contrárias à aprovação da medida. “A apreensão entre os vereadores da base era notória, e a Prefeitura não iria se arriscar a levar o projeto a votação sem ter a certeza de que seria aprovado”, diz o artigo.

Mas sabemos que são muitos milhões em jogo e que a estratégia vai durar apenas por algumas semanas, até que os ânimos se esfriem. “A expectativa é que a matéria seja agora debatida nos bastidores e seja reapresentada em 2019. Possivelmente acompanhada de um esforço por emendar a Lei Orgânica”.

Caos no Rio

Escândalo com a OS Cruz Vermelha que desviou milhões de hospitais estaduais, entidades que não repassam salários para os profissionais, greves pipocando em todo o canto em unidades estaduais e municipais…

Veja algumas matérias publicadas recentemente:

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Por todos os ângulos que se olhe, a terceirização por meio da entrada das Organizações Sociais na saúde, é nociva. O serviço fica mais caro, menos transparente, os recursos mais sujeitos a desvios e a assistência em saúde perde qualidade. Quem perde mais é a população.