A Prefeitura de Jundiaí (SP) iniciou nos últimos dias de 2018 o processo de rescisão de contrato com o Grupo de Apoio a Medicina Preventiva (Gamp), a organização social que administra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Jardim Novo Horizonte, inaugurada no começo de dezembro.
A empresa Gamp está envolvida em diversas ações judiciais com dinheiro público em cidades do interior de São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
Mas não é certo afirmar que os governos estão atentos às falcatruas. O governo só fez a mudança porque se viu obrigado a atender a uma recomendação do Ministério Público.
De acordo com o órgão de controle, a Gamp não tinha idoneidade para administrar a UPA de Jundiaí e nem qualquer outro serviço deste ou de outro município.
Segundo a prefeitura, outra OS já assumiu os trabalhos desde o último dia 1º e a mudança de administradora não vai levar prejuízo no atendimento aos pacientes. A nova contratada foi a segunda colocada no chamamento público, a Fênix do Brasil.
Sabemos o que a tentativa da Prefeitura de tranquilizar a população esconde: o objetivo de manter o mesmo modelo para gestão da unidade, calcado na terceirização . Deste modo, a administração municipal demonstra que não está preocupado em zelar pela qualidade do atendimento e pelo bom uso do dinheiro público.
A Fênix já teve problemas junto ao Tribunal de Contas, na época em que ainda era oscip e atuava na cidade de Itaquaquecetuba. A entidade foi condenada a devolver R$ 302.018,50 que recebeu indevidamente e não comprovou ter revertido à saúde. Veja aqui