Médicos quarteirizados do Hospital de Osasco estão paralisados por não receberem desde dezembro

Médicos quarteirizados do Hospital de Osasco estão paralisados por não receberem desde dezembro

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Os médicos do Hospital Municipal Antonio Giglio (HMAG), em Osasco, tiveram que cruzar os braços como forma de demostrar indignação frente a falta de salários desde dezembro.

Os profissionais são quarteirizados, já que prestam serviços para uma empresa contratada pela organização social (OS) Instituto Social Saúde Resgate à Vida (ISSRV), que administra o hospital.  A OS, por sua vez é contratada pela Prefeitura.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) tem denunciado a precarização e a falta de contrato com os profissionais, que atuam apenas por acordo verbal, sem direitos e sem qualquer vínculo empregatício formal.

De acordo com presidente do Simesp, Eder Gatti, a situação de extremo risco à continuidade dos serviços está cada vez mais comum na saúde de Osasco. “O descaso do prefeito Rogério Lins não é mais novidade, a prefeitura terceirizou grande parte da mão de obra médica e, como resultado, agora temos o sucateamento da saúde do município”, afirma.

Gatti já havia alertado que o modelo adotado pela gestão Lins é irresponsável, pois coloca os médicos em condições precárias de trabalho, privados de direitos trabalhistas e sujeitos a calotes. “Como consequência disso, médicos acabam deixando seus postos de trabalho por não suportarem a situação e quem mais sofre é o paciente, que depende do atendimento de uma rede de saúde desestruturada”, explica.

Abaixo o alerta do sindicato sobre o sucateamento da unidade:

Em meio à crise no hospital, o prefeito Rogério Lins anunciou a troca da organização social no equipamento. Mas sabemos que o que é necessário é o fim deste modelo de gestão, que por onde se instala produz problemas não só de natureza trabalhista como irregularidades financeiras, desvios, corrupção e queda brutal na qualidade do atendimento.

Lins ainda desqualificou o movimento dos profissionais, dizendo na imprensa que a paralisação é fake news. A afirmação foi prontamente rebatida pelo presidente do Simesp. “Estamos paralisados. Por ética profissional estamos mantendo os atendimentos dos casos urgentes”.

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