Não têm fim as agruras dos usuários que buscam assistência médica na UPA Central de Santos. A unidade, terceirizada pela Fundação do ABC, segue produzindo angústia e mais sofrimento em vidas já fragilizadas pela doença.
Na última segunda-feira estivemos no local e a espera para atendimento era superior a cinco horas, mesmo para pessoas idosas.
Não faz muito tempo que vereadores disseram em sessão que não se ouve mais reclamações sobre a UPA Central, apenas sobre a UPA da Zona Noroeste, onde o serviço ainda passa por fase de adaptação.
O cinismo é ainda maior do que a omissão desses parlamentares, que não deixam o ar condicionado de seus gabinetes para verificar na pele o descalabro e a desorganização relatadas pelos pacientes.
Além de não fiscalizarem e não cobrarem efetivamente o prefeito para resolver a questão, os vereadores fingem que não sabem dos riscos de se contratar uma empresa que está repleta de processos, investigações e reprovações de contas.
Por falar nisso, a Subprocuradoria-Geral de Justiça de Integração e Relações Externas, órgão ligado ao Ministério Público de São Paulo (MPE-SP), publicou no último dia 26, uma portaria designando equipe que atuará no Núcleo de Atuação Integrada no Combate à Corrupção, para cuidar dos assuntos afetos à Fundação do ABC.
A organização social (OS) atua em diversos equipamentos públicos de Saúde no âmbito do Governo do Estado e também em várias prefeituras paulistas
Em Santos, a OS recebe R$ 21 milhões/ano. Dinheiro público desperdiçado, como mostram os depoimentos dos usuários com quem conversamos: