Funcionários de OSs protagonizam 55% das greves na saúde em 12 meses

Funcionários de OSs protagonizam 55% das greves na saúde em 12 meses

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Quando uma categoria entra em greve, é um sinal claro de que os profissionais chegaram no limite ao enfrentar as dificuldades nas condições de trabalho e os baixos salários.

Na área da Saúde, esse grito contra a precarização dos trabalhadores por meio de mobilizações e paralisações ocorreu com mais frequência entre os terceirizados vinculados à organizações sociais do que em entre servidores públicos. Conforme levantamento do Sistema de Acompanhamento de Greves, desenvolvido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nos últimos 12 meses, funcionários de hospitais privados geridos por OSs protagonizaram 55% dos episódios de greves de profissionais da saúde.

De setembro de 2018 a agosto de 2019, as unidades administradas pelo poder público foram palco de 45% das 147 paralisações registradas no período.

Segundo os dados, o atraso de salário aparece como uma das principais razões para o setor privado superar o público em número de paralisações. Entre funcionários de hospitais privados, 58% das greves tinham como motivo o protesto pela regularização de pagamento no período de setembro de 2012 a agosto de 2013. Esse índice saltou para 90% na pesquisa mais recente.

Terceirizar a saúde e demais serviços públicos é ruim para quase todos os lados envolvidos, incluindo os trabalhadores das empresas, geralmente menos valorizados e mais afetados com calotes e outros desrespeitos trabalhistas. Terceirizar só é bom para os donos das OSs e demais entidades privadas, que faturam alto em contratos milionários com zero de fiscalização.

 

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