PACIENTES DA UPA DA ZONA NOROESTE DE SANTOS NÃO CONSEGUEM FAZER EXAMES

PACIENTES DA UPA DA ZONA NOROESTE DE SANTOS NÃO CONSEGUEM FAZER EXAMES

Sindserv 28 anos (126)

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O vereador de Santos, Bruno Orlandi (DEM) apresentou um requerimento no último dia 9, questionando a negativa de realização de exames na UPA da Zona Noroeste. A unidade é gerenciada pela organização social ficha suja SPDM, ao custo de R$ 20 milhões ao ano.

Dinheiro dos impostos dos santistas que quando precisam de atendimento digno não conseguem a contrapartida. Enquanto empresários lucram, os doentes sofrem para obter diagnósticos e, consequentemente, tratamento adequado.

Veja o que diz o artigo da pagina:

É no mínimo irônica a postura de alguns vereadores de Santos, pertencentes a partidos entusiastas da entrega de serviços públicos para a iniciativa privada. É o caso de Bruno Orlandi (DEM, 2º Mandato), que no último dia 9 apresentou um requerimento questionando o governo do qual sempre foi base de apoio, questionando problemas na UPA da Zona Noroeste.

No documento, Orlandi diz que recebeu relatos de que alguns exames solicitados na UPA não estão sendo autorizados, ou seja, os munícipes não conseguem realizar os exames que o médico solicitou. “Cabe ponderar que a ausência de alguns exames importantes podem comprometer o diagnóstico”.

O que tem feito o vereador para revogar a lei que abriu a porta para organizações sociais (OSs) na Cidade? Lei esta apoiada por seu partido? O vereador pretende encaminhar esta e outras tantas denúncias, inclusive envolvendo mortes suspeitas por negligência, para o ministério público? Por que Bruno Orlandi não assinou o requerimento pedindo abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar estas mortes ocorridas na UPA da Zona Noroeste e na UPA Central?

Fingir agora que fiscaliza o serviço terceirizado só enviando inúteis requerimentos que sequer chegam ao conhecimento do prefeito Rogério Santos não resolve o problema criado pelo próprio prefeito (que na época era braço forte de Paulo Alexandre Barbosa) e pela Câmara.

Muito dinheiro, pouco resultado

A SPDM recebe R$ 20 milhões ao ano para gerenciar a UPA inaugurada em fevereiro de 2019 para substituir o antigo Pronto-Socorro da Zona Noroeste, na época anexo ao Hospital Arthur Domingues Pinto.

A promessa do prefeito e de seu secretário de Saúde, Fábio Ferraz, era de que o serviço ficaria melhor e mais ágil. Não é o que se vê. A unidade recebe reclamações frequentes dos usuários. Logo após ser inaugurada foi muito criticada quando uma sequência de mortes suspeitas de negligência repercutiu na mídia local.

A maioria dos vereadores, fieis apoiadores do Governo, se recusou a assinar um pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) para averiguar as mortes. O requerimento da CEI foi uma iniciativa da vereadora Telma de Souza (PT).

Os mesmos parlamentares que não acharam pertinente investigar os óbitos suspeitos na unidade terceirizada são praticamente os mesmos que aprovaram a lei que permitiu a entrada das OSs na administração municipal, em 2013.

Veja abaixo algumas das várias matérias que já publicamos aqui no Ataque envolvendo problemas na unidade terceirizada pela SPDM:

COM SPDM NO COMANDO HÁ DEZ MESES, UPA DA ZONA NOROESTE PIORA A CADA DIA

COMANDADAS POR OSs, UPAS DE SANTOS SÃO REPROVADAS

SPDM CONTRIBUI PARA A PROLIFERAÇÃO DO VÍRUS COM UPA SUPERLOTADA NA ZN

AGLOMERAÇÃO E DEMORA GERAM INDIGNAÇÃO NA UPA DA Z. NOROESTE DE SANTOS

UPA DA ZONA NOROESTE ERRA EM DIAGNÓSTICO E GERA SOFRIMENTO DESNECESSÁRIO A PACIENTE

OSs EM SANTOS: SPDM DEIXA UPA DA Z. NOROESTE SEM PEDIATRA

 

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E CONTRA A PEC 32!

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos dos trabalhadores.

Falando em ensino público municipal, a Educação Infantil tem cada vez mais unidades subvencionadas para entidades que recebem dinheiro público e não são fiscalizadas. A assistência social também tem sido rifada desta mesma forma pelo atual governo.

É evidente que todo esse processo de terceirização à galope traz como saldo para a sociedade a má qualidade do atendimento e o desmonte das políticas públicas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais da classe trabalhadora, aumento da exploração e acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais.

Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores, enquanto executores dos serviços ou enquanto usuários destes mesmos serviços. O modelo de gestão pública por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido sempre.

E vem aí a Reforma Administrativa por meio da PEC 32, em rápida tramitação no Congresso. O objetivo, como sempre, é simplesmente acabar com o serviço público como conhecemos e transformar as administrações em grandes cabides para contratação de indicados e cabos eleitorais com total respaldo da lei. Também vai, na prática, acabar com os concursos públicos.

O dinheiro público agora poderá ser desviado oficialmente para as empresas amigas, as campanhas eleitorais e as rachadinhas (aquele esquema em que o político contrata alguém, mas exige que o contratado deposite parte do próprio salário na conta do político).

A Reforma não acaba com privilégios, nem mexe com eles. Ao contrário, mantêm os privilégios e os altos salários de juízes, políticos, promotores, diplomatas, cúpula dos militares e outros.

O único objetivo dessa Reforma é piorar os serviços públicos e atacar os servidores que atendem a população mais vulnerável.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos! Contra da PEC 32 e em defesa das políticas públicas!

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