SERVIDORES DE PRAIA GRANDE QUEREM MUNICIPALIZAÇÃO DO HOSPITAL IRMÃ DULCE

SERVIDORES DE PRAIA GRANDE QUEREM MUNICIPALIZAÇÃO DO HOSPITAL IRMÃ DULCE

Sindserv 28 anos (630)

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Movido por reclamações de usuários, o Sindicato dos Servidores de Praia Grande fez um ato diante da porta do Hospital Irmã Dulce. O equipamento está sob gestão terceirizada da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina),

Os sindicalistas defendem que o serviço seja administrado pelo poder executivo. O presidente da entidade, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’,participou de protesto diante do hospital, na manhã desta terça-feira (14).

Ele conta que recebeu reclamação das condições em que se encontrava um associado em um quarto do estabelecimento. Ele conseguiu resolver alguns problemas e organizou a manifestação. “Quem não tem competência que não se estabeleça”, disse Pixoxó no ato público, transmitido pela rede social do sindicato. “Nem a fachada do hospital é lavada. Está encardida”.

O sindicato denuncia que a empresa “só causa problemas e acumula reclamações da população que denigrem a imagem do município. Isso apesar do muito dinheiro que leva da prefeitura”.

Durante a manifestação, ele mostrou uma placa anunciando reforma e ampliação do hospital, no valor de R$ 8 milhões e 374 mil. A placa está pouco acima da calçada esburacada.

Saindo dali, Pixoxó foi à casa de uma servidora de 80 anos de idade que o chamou para relatar problemas em sua internação. Ele fará um relatório e encaminhará à prefeita Raquel Chini (PSDB).

O Irmã Dulce foi inaugurado em maio de 2008, pelo então prefeito Alberto Mourão (PSDB), e consumiu recursos de R$ 28 milhões. Poucos dias após a inauguração, a Fundação ABC)assumiu a administração. Foram anos de seguidas denúncias de mau uso dos recursos, reprovação de contas no TCE e problemas no atendimento.

Depois, a FUABC foi substituída pela SPDM, em 1º de janeiro de 2019. Além dos anos de má gestão, a Fundação deixou uma dívida trabalhista com mais de mil empregados terceirizados demitidos.
Não à terceirização

“Está mais do que provado e comprovado que esse regime de terceirização da saúde pública não corresponde às expectativas da população”, declarou Pixoxó, depois de encerrado o protesto.

O sindicalista disse que vai propor aos vereadores, nos próximos dias, que iniciem um movimento para que a prefeitura assuma a gestão e operação do complexo hospitalar, descartando definitivamente a terceirização. “Sei que enfrentaremos poderosos interesses econômicos e políticos, mas essa é a melhor alternativa para a saúde pública, que não pode ser objeto do lucro a qualquer custo, ainda que de vidas humanas”, disse.

Foram muitas as denúncias do publicadas aqui no Ataque sobre os prejuízos no hospital nas duas gestões. Até médico falso chegou a prestar serviço na época mais crítica da pandemia.

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CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E CONTRA A PEC 32!

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos dos trabalhadores.

Falando novamente em ensino público municipal, a Educação Infantil tem cada vez mais unidades subvencionadas para entidades que recebem dinheiro público e não são fiscalizadas. A assistência social também tem sido rifada desta mesma forma pelo atual governo.

É evidente que todo esse processo de terceirização à galope traz como saldo para a sociedade a má qualidade do atendimento e o desmonte das políticas públicas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais da classe trabalhadora, aumento da exploração e acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais.

Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores, enquanto executores dos serviços ou enquanto usuários destes mesmos serviços. O modelo de gestão pública por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido sempre.

E vem aí a Reforma Administrativa por meio da PEC 32, em rápida tramitação no Congresso. O objetivo, como sempre, é simplesmente acabar com o serviço público como conhecemos e transformar as administrações em grandes cabides para contratação de indicados e cabos eleitorais com total respaldo da lei. Também vai, na prática, acabar com os concursos públicos.

O dinheiro público agora poderá ser desviado oficialmente para as empresas amigas, as campanhas eleitorais e as rachadinhas (aquele esquema em que o político contrata alguém, mas exige que o contratado deposite parte do próprio salário na conta do político).

A Reforma não acaba com privilégios, nem mexe com eles. Ao contrário, mantêm os privilégios e os altos salários de juízes, políticos, promotores, diplomatas, cúpula dos militares e outros.

O único objetivo dessa Reforma é piorar os serviços públicos e atacar os servidores que atendem a população mais vulnerável.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos! Contra da PEC 32 e em defesa das políticas públicas!

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