Uma empresa fornecedora de materiais hospitalares em Goiás denuncia atraso no pagamento por parte da Organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC).
Conforme mostrou a reportagem da CBN, a Síntese Comercial Hospitalar LTDA firmou contrato com a organização social em agosto do ano passado para o fornecimento de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) a serem usadas no Hospital São Marcos de Itumbiara, o Hospital Estadual de São Luís de Montes Belos e Hospital Estadual de Jaraguá.
Documentos mostram a solicitação de pagamento enviada à OS, apontamentos de materiais fornecidos e não pagos somando R$ 48 mil reais de dívida. Ao fazer a cobrança para o Instituto, em dezembro, a empresa fornecedora foi surpreendida com a rescisão do contrato.
A OS não fez o pagamento e também não uma posição formal com data prevista para pagar. Paralelamente, outra empresa foi contratada e já está atuando junto ao hospital.
Por sua vez, a Secretaria Estadual de Saúde disse que o repasse para a OS manter o normal funcionamento dos hospitais foi feito e que não há atraso em nenhuma transferência de verba.
Já a OS alega que todos os serviços estão funcionando sem prejuízo aos usuários e que fará o pagamento conforme calendário pré-estabelecido.
CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIAÇÃO!
Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de empresas.
Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.
No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.
Isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.
Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.
Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!