MÉDICO DE UPA TERCEIRIZADA DE OSASCO RECEITA SORVETE E GAME PARA CRIANÇA GRIPADA

MÉDICO DE UPA TERCEIRIZADA DE OSASCO RECEITA SORVETE E GAME PARA CRIANÇA GRIPADA

Greve das cozinheiras

UME_RS (59)

Depois de uma noite com o filho de 9 anos apresentando sintomas de doença respiratória e vômitos, Priscila da Silva Ramos resolveu sair de casa e procurar ajuda profissional na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Conceição, em Osasco (SP).

Quando finalmente chegou o atendimento, ela ficou perplexa e revoltada com a postura e a atitude do médico Marcos Wesley da Silva. As informações são do repórter Neto Rossi, do portal Cotia e Cia.

Segundo a mãe, o médico sequer olhou para o paciente e nem mesmo o examinou. Ele teria feito poucas perguntas, como por exemplo, se ela tinha olhado a garganta da criança para ver se estava inflamada. Poucos minutos se passaram e o médio, então, deu uma receita para Priscila. O papel, com o timbre oficial da Prefeitura de Osasco e da unidade de saúde, continha uma prescrição muito incomum.

Além de amoxilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteína, Marcos Wesley indicou ainda o consumo de “sorvete de chocolate duas vezes ao dia” e do jogo eletrônico “Free Fire” diariamente. ““Ele colocou meu filho na cadeira e nem olhou para ele. Ele não examinou meu filho e nem explicou os medicamentos que estava receitando… Ele debochou do meu filho, debochou da gente. Eu estava tão cansada que nem consegui reagir”, contou a mãe à reportagem.

Na receita sem sentido, o médico assina como neurologista, mas quem entra no site do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) encontra a informação que Marcos Wesley da Silva não tem qualquer especialidade reconhecida pelo órgão.

Em nota, a Prefeitura de Osasco restringiu-se a dizer que “A Organização Social (OS) responsável pelas UPAs informou que efetuou o desligamento do médico de seu quadro de prestadores de serviços”, sem fazer qualquer outra consideração sobre o episódio.

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

 

 

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