CADA VEZ PIORES, UPAS TERCEIRIZADAS DE SANTOS SÃO ALVOS DE RECLAMAÇÕES

CADA VEZ PIORES, UPAS TERCEIRIZADAS DE SANTOS SÃO ALVOS DE RECLAMAÇÕES

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Uma escalada de reclamações sobre demora no atendimento em função da quantidade insuficiente de profissionais para atender a demanda coloca novamente a UPA da Zona Leste e a UPA Central de Santos em destaque entre os requerimentos dos vereadores cobrando o Governo.

A maior parte deles diz respeito a superlotação e demora excessiva para  atendimento.

 

A situação também repercutiu recentemente na imprensa local.

 

O pior é que os vereadores nada fazem para exigir que a prefeitura cobre as empresas que fazem a gestão das unidades de forma terceirizada, beneficiadas por contratos milionários e sem a devida fiscalização. Num dos requerimentos um o vereador João Neri, ao invés de cobrar mais profissionais nas unidades, sugere que o Executivo entregue panfletos nas unidades para pedir para as pessoas doentes evitarem aglomeração. É o fim!

Já nas audiências quadrimestrais de prestações de contas, dados de atendimentos e indicadores do plano de trabalho (checados por quem?) são apresentados pelos representantes das organizações sociais e da Secretaria Municipal de Saúde como se tudo funcionasse perfeitamente. Claro que tais audiências ocorrem sempre na parte da manhã, horário em que a população usuária está trabalhando e fica impedida de comparecer para testemunhar como é a realidade dos serviços terceirizados.

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

 

 

 

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