PRAIA GRANDE: MÃE DE TRIGÊMEAS NA UTI DENUNCIA FALTA DE LUZ E INFILTRAÇÃO EM HOSPITAL TERCEIRIZADO PARA A SPDM

PRAIA GRANDE: MÃE DE TRIGÊMEAS NA UTI DENUNCIA FALTA DE LUZ E INFILTRAÇÃO EM HOSPITAL TERCEIRIZADO PARA A SPDM

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Reportagem do Jornal A Tribuna desta segunda (6) mostra que o ano mudou, mas os problemas decorrentes da terceirização na saúde continuam atormentando a vida de quem depende do SUS. 

Em Praia Grande, o Hospital Irmã Dulce, gerenciado pela organização social ficha suja SPDM é sinônimo de precarização total. Abaixo reproduzimos a matéria do jornal na íntegra.

Mãe de trigêmeas na UTI denuncia falta de luz e infiltração em hospital de Praia Grande

A situação em que se encontra o Complexo Hospitalar Irmã Dulce, em Praia Grande, foi denunciada por uma leitora de A Tribuna que, desde o dia 24, enfrenta problemas durante a internação das filhas trigêmeas que possuem dificuldade para respirar.

A ajudante geral Tais Pereira de Almeida Campos, de 28 anos, moradora do bairro Aviação, aponta que o hospital se encontra em condições precárias. No quinto andar, entre a ala de pediatria e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ela e suas filhas estão instaladas, há uma infiltração no teto que despeja água da chuva no corredor do hospital. “Chove mais aqui dentro do que lá fora”, comenta a mãe.

Em imagem compartilhada por Taís, a mãe mostra que o vazamento no andar foi tamanho, que o hospital substituiu o pequeno balde que antes recebia a água por uma lixeira.

Além do vazamento de água, o banheiro do quarto de sua filha está sem energia desde que chegou. Segundo ela, uma funcionária informou que, na verdade, o local está sem luz há mais de uma semana. “Eu fui dar banho na minha bebê e cadê a luz?”, questiona.

Todo esse transtorno começou no dia 24, quando uma das gêmeas de Taís apresentou não estava respirando, devido a um quadro de apneia. Logo após nascerem, em período prematuro, a mãe constatou que as filhas sofriam com o distúrbio e paravam de respirar.

Uma após a outra, as filhas de Taís apresentaram um quadro de apneia e necessitavam do tratamento oferecido na UTI, o que só foi oferecido para todas no dia 28, um sábado. “Eu quei o dia inteiro correndo atrás para poder conseguir uma vaga na UTI (para as trigêmeas)”.

A primeira filha deu entrada na unidade de terapia intensiva no dia 24; a segunda, deu entrada no dia 27; e a terceira no dia 28.

A Tribuna procurou a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que administra o Hospital Irmã Dulce, para um posicionamento sobre o caso, porém não obteve resposta até a publicação desta matéria.

 

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, OSs, organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes. No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!