Um segurança do Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo (SP), agrediu um paciente com empurrões e chutes na madrugada de quarta-feira (21). A vítima estava com o pescoço imobilizado por um colar cervical e usava cadeira de rodas. A cena foi registrada por uma câmera de segurança (veja aqui o vídeo do G1).
O Hospital é gerenciado pela organização social ficha suja Fundação do ABC. Pelas imagens, é possível ver que o paciente, sentado numa cadeira de rodas gesticula em direção ao segurança, que caminhava até ele, e ambos parecem discutir brevemente.
O paciente, então, tenta se levantar da cadeira de rodas, mas é agressivamente empurrado pelo segurança e cai de costas no chão. Quando tenta se levantar, é novamente empurrado. Os dois voltam a discutir. Um outro segurança que estava no local apenas observa a cena.
Quando finalmente consegue se levantar, o paciente é novamente empurrado, agora contra uma parede. Em seguida, o segurança acerta um chute na região do quadril do paciente, que volta a cair no chão.
O homem se levanta mais uma vez e caminha em direção ao segurança, mas é novamente empurrado e cai de bruços no chão. Ele se levanta e, de novo, anda na direção do agressor, mas é derrubado outra vez.
Na sequência, o segundo segurança parece segurar o braço da vítima, que, mesmo no chão, tenta se defender com chutes.
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo informou que os seguranças eram terceirizados e foram demitidos. O município disse que repudia os atos de violência praticados pelos funcionários e que as orientações e os treinamentos para todos os colaboradores de segurança e controladores de acesso serão reforçados
CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!
Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.
Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.
No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.
Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.
Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.
Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!