Atenção: Seu dinheiro em impostos na saúde pública pode estar rendendo lucros altíssimos, mas não para o SUS.
Um novo estudo, realizado pelo economista Flávio José Domingos (Ufal), traz à luz dados chocantes sobre as Organizações Sociais de Saúde (OSS), entidades que gerenciam unidades do SUS com verba pública. O estudo foi publicado no site Viomundo e impressiona com a seguinte conclusão:
O mantra de que as OSS são “instituições filantrópicas sem fins lucrativos” caiu por terra: Elas lucram, e muito!
Os Números da Captura Pública
A pesquisa analisou as 24 OSS que mais atuam no país e encontrou dados estarrecedores:
De 2015 a 2019, essas 24 “campeãs” captaram R$ 127,2 BILHÕES do fundo público da saúde.
A média anual que elas recebem (R$ 15,9 BILHÕES) supera em R$ 4,9 BILHÕES o gasto total do Ministério da Saúde com TODAS as vacinas em 2021!
A Fonte do Lucro
O pesquisador revelou o grande segredo: 41,75% do lucro das OSS resulta dos investimentos que fazem no mercado financeiro dos recursos que recebem do fundo público de saúde.
Isso significa que o dinheiro que deveria ir integralmente para o serviço de saúde é transformado em capital aplicado em bancos, gerando uma renda privada legalizada.
O estudo é claro: A natureza das OSS reflete uma captura privada do fundo público da saúde, legitimada pelo Estado.
Veja nos cards abaixo todos os detalhes que o pesquisador Flávio Domingos desnuda em sua tese de doutorado!
Para ter acesso ao pdf com a pesquisa completa e uma entrevista com Flávio Domingos feita pela jornalista Conceição Lemes, clique aqui.
CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!
Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas que visam lucro a qualquer custo.
Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas interessadas em substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado com força de trabalho barata e precarizada. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.
No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos. Embora a precarização seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social.
O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.
Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.
Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!




