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CÂMARA APROVA EMPRÉSTIMO DE MAIS R$ 81 MILHÕES

EMPRESTIMO-charge

Como já era previsto, a maioria dos vereadores aprovou em 1ª discussão o projeto de lei que visa obter autorização para o Governo contrair empréstimo de R$ 81 milhões junto à Caixa Federal.

O dinheiro extra, segundo o Executivo, autor do projeto, será utilizado nas obras de macrodrenagem da Zona Noroeste. Aquelas que seriam custeadas com dinheiro do Banco Mundial e não foram, porque a administração municipal, por incompetência e irresponsabilidade, acabou perdendo as condições para que a operação de crédito se consolidasse.

Apenas quatro vereadores foram contrários ao novo endividamento, lembrando que já tem bastante recurso reservado para as intervenções do Santos Novos Tempos e que parte do dinheiro inclusive foi usado para outros fins.

Disseram NÃO os dois integrantes do PT – Telma de Sousa (3º Mandato) e Chico Nogueira (1º Mandato) -, além de Zequinha Teixeira (PSD, 2º Mandato) e Augusto Duarte (PSDB, 1 º Mandato).

Com contorcionismos retóricos e discursos ora pseudo filosóficos ora verborrágicos e caricatos, os demais parlamentares tentaram explicar algo difícil: o por que dar um cheque em branco para um projeto de tamanha envergadura financeira, que comprometerá por quase uma década o já problemático fluxo de caixa municipal (vide as dezenas de obras que se arrastam) e que ainda por cima foi pautado pelo artigo 24, ou seja, com tramitação de urgência, sem passar por comissões importantes como as de Finanças, de Obras e de Habitação.

Nessa linha, muitos atacaram bastante a irresponsabilidade do Governo pelos pontos elencados acima, entre outros. No entanto, ao final das falas acabavam por revelar o SIM ao prefeito, alegando que precisavam dar um voto de confiança para salvar a população da Zona Noroeste dos alagamentos e enchentes.

Para esta sexta (30), às 11h, ficou marcada uma sessão extraordinária para votar em segunda e definitiva  discussão tanto o empréstimo junto à Caixa quanto as alterações à Lei Orgânica que elevam o percentual mínimo do orçamento a ser destinado às emendas parlamentares. É vapt-vupt.

R$ 30 milhões

Já em relação ao outro projeto de pedido de empréstimo, no valor de R$ 30 milhões, a história foi diferente. O dinheiro serviria de lastro ao banco para permitir ao prefeito que o pagamento da dívida comece só a partir de 2021, quando a gestão será outra.

Apesar dos apelos do líder do governo Ademir Pestana (PSDB, 5º Mandato) para que a base votasse a favor de mais esse crédito, surgiu um requerimento pedindo que a pautação deixasse de ser pelo artigo 24. O selo de “urgente” foi suspenso e o projeto será encaminhado para análise das comissões pertinentes. Assim, provavelmente o empréstimo, se assinado, deverá começar a ser pago antes.

Ao final da noite desta quinta (29), o saldo foi positivo para o Executivo? Sim, ainda que parcialmente. O Governo mais uma vez provou que navega tranquilamente com sua base aliada. Já para a população da ZN e para os cofres públicos a situação se resume a uma só palavra: mistério.