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Santos é uma das três cidades da Baixada Santista que estão em dificuldades financeiras
Obras que nunca terminam, parques públicos em estado de abandono, setores da saúde em situação de penúria, escolas em condições estruturais lamentáveis, ausência de política habitacional com avanço de ocupações de moradias em áreas irregulares…
A Santos que padece nas políticas públicas e na zeladoria é a mesma que figura em situação delicada na gestão e nas finanças, conforme pesquisa Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, retratada na reportagem do Jornal Boqueirão News.
A Cidade que desde 2016 destina quantias absurdas direcionadas à terceirização com o aval da Câmara, integra o elevado número de cidades brasileiras que enfrentam dificuldades financeiras.
Segundo o levantamento, três em cada quatro municípios brasileiros apresentam gestão fiscal em dificuldades ou crítica. Na Baixada Santista, esta situação ocorre em três das nove cidades. Santos está no grupo, ao lado de São Vicente e Peruíbe.
Denominado Um Raio-X das Finanças Públicas dos Municípios Brasileiros – 2018, o documento analisa a situação econômica das 5.569 cidades. O ranking leva em consideração quatro itens: autonomia financeira, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. Quanto mais próximo do 1,00, melhor.
No caso de Santos, a piora foi gigante em apenas 3 anos. Em 2013, o município ocupava a 280ª colocação no Estado e 1.293ª no País em 2013, com média 0,6169, classificada como ‘boa gestão’.
Em 2018, ficou na 406ª posição no estado e 2182ª no País, despencando no patamar administrativo para o grupo de cidades ‘em dificuldades’.
Gastos com pessoal
O indicador que traz mau desempenho não é o que indica comprometimento do orçamento com a folha de pagamento. Neste quesito, a cidade é avaliada com a nota 0,8556, o que a classifica como nível de ‘excelência’ e a coloca na 692ª posição do ranking nacional.
O pior indicador é o que analisa a liquidez, ou seja, a capacidade que as administrações têm de fechar ou não o ano com dinheiro em caixa. Santos tirou nota muito baixa nesse quesito (0,2068), ficando na 4217ª posição no ranking brasileiro.
A situação deve trazer ainda mais desconforto, já que há a previsão para 2020 é de mais gastos com organizações sociais e outros tipos de terceirização. Além da UPA Central, UPA da Zona Noroeste e Hospital dos Estivadores, a UPA da Zona Leste e o Ambulatório de Especialidades Médicas devem passar a ser geridos por entidades privadas, que costumam custar mais aos cofres públicos sem retorno de melhoria na qualidade do serviço.
Para a Câmara Municipal, não parece haver motivos para alarde, visto que os desejos do prefeito vêm sendo referendados sessão a sessão, seja com a aprovação folgada dos projetos de interesse do Executivo, seja com acolhimento de vetos de propostas de interesse da população.
No post anterior mostramos que de forma automática a maioria dos vereadores aprovou a doação de um equipamento de quase meio milhão para uma entidade privada. Veja aqui
Fora a falta de empenho em fiscalizar e cobrar eficiência na execução das políticas públicas, na gestão do dinheiro e nas prioridades de governo.