“Tudo é uma questão de gestão. E isso está faltando muito. Se tem dinheiro de sobra para pagar a organização social que gerencia a UPA Central, porque não acontece o mesmo na Zona Noroeste?”.
A pergunta é de um servidor de Santos, cansado de lidar com a falta de condições de trabalho no PS da ZN.
O desabafo consta de matéria publicada nesta sexta-feira (23), no jornal A Tribuna. A reportagem relata queixas diversas dos funcionários: falta de medicamentos, falta de água, ar-condicionados quebrados, déficit de profissionais e insegurança.
O mais triste é saber que a futura UPA que substituirá o PS também será entregue para uma organização social. Como aconteceu na unidade da Vila Mathias, a empresa vai ganhar muito dinheiro e a qualidade vai piorar ainda mais.
Veja a matéria:
Sabemos que a rotina continua improvisada não é exclusividade do PS da ZN, que recentemente foi destaque em matérias sobre infiltrações, com verdadeiras cachoeiras registradas dentro da unidade após chuvas de verão.
No PS Central, que funciona atualmente como Hospital de Pequeno Porte, a situação também é precária. Funcionários atuam sobrecarregados, com equipamentos e mobiliários quebrados. A falta de material básico é recorrente e um dos elevadores está quebrado há anos.
Dinheiro para propaganda da terceirização tem
Enquanto falta o básico em unidades de educação e de saúde de Santos, a Prefeitura não economiza com propaganda dos equipamentos entregues às Organizações Sociais.
Anúncios publicitários sobre o Hospital dos Estivadores, por exemplo, têm sido veiculados nos jornais impressos da região a custos que variam entre R$ 8 e R$ 10,6 mil.
No último dia 3, uma propaganda colorida, de meia página, foi publicada no Jornal da Orla, por R$ 7.174,98. Dinheiro pago pela população da cidade. Um dia antes outro anúncio foi veiculado neste jornal, por R$ 10.667,00. Na mesma data a propaganda estampou o Expresso Popular, por R$ 8 mil. Já são mais de R$ 25 mil.