De forma criativa, trabalhadores e entidades ligadas à saúde pública de Porto Velho (RO), protestaram contra a investida da Prefeitura da Capital de Rondônia pela terceirização/privatização dos serviços.

Eles iniciaram uma campanha contra a instalação das OSs (organizações sociais) na saúde municipal e tem utilizado várias estratégias para alertar a população.

Uma delas tem sido a a distribuição nos semáforos e comércios, de caixinhas de remédio promocionais. Os pequenos recipientes imitando uma caixa de medicamentos de amostra grátis. Mas, na verdade, trazem em seu interior um tipo de bula alertando contra os efeitos colaterais da entrega dos serviços para entidades privadas.

Os órgãos que encamparam a campanha mandaram confeccionar cinco mil embalagens. Nelas é feito a crítica do repasse de R$ 80 milhões de reais do SUS para as OSs. O “G” de genérico acaba sendo utilizado para chamar a atenção para os dizeres “FALTA DE GESTÃO”. Nas caixinhas a prefeitura de Porto Velho aparece pisando nos servidores e na população.

Ainda na bula, há as contraindicações do ‘remédio’ e também o nome dos vereadores da base aliada do prefeito Hildon Chaves (PSDB) que votaram a favor do nefasto projeto.

Conforme noticiou o jornal Rondônia Ao Vivo,  Ministério Publico do Trabalho (MPT), Ministério Público de Contas (MPC), Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado (MPE) já haviam expedido recomendação para que a Prefeitura de Porto Velho e seu prefeito não instalem as OSs.

A caixinha é assinada pelo Sindicato Médico de Rondônia (Simero), Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero/RO), Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado de Rondônia (Sindsaúde), Sindicato dos Profissionais em Enfermagem de Rondônia (Sinderon), Sindicato dos Servidores Municipais de Porto Velho (Sindprof) e Conselho Estadual de Saúde (CES/RO).