Vítima de acesso inadequado no braço direito, um bebê que nasceu prematuramente no Hospital Ronaldo Gazolla, no Rio, está com o membro necrosado.

A criança aguarda no hospital, gerenciado pela organização Viva Rio, uma transferência para um outro hospital, na esperança de reverter o grave quadro.

De acordo com informações da família, publicadas no site G1, a mãe teve a criança no sexto mês de gestação, no dia 29 de maio, no hospital de Acari, na Zona Norte da cidade, após um descolamento de placenta.

Desde então o pequeno Ruan tem problemas respiratórios e luta para viver. Para ministrar remédios, a equipe médica colocou um acesso numa das veias do bebê. O pai lembra bem o que um dos enfermeiros disse.

“Ele tinha informado que um acesso não era adequado para ele”, narrou Wagner Lacerda.

Ele acredita que o procedimento gerou o problema no braço do filho. “A enfermeira me mostrou, a criança saiu perfeita. Sem nenhum problema”, lembrou.

O pai de Ruan contou que o bebê ficou com o acesso durante cinco dias. Nas duas semanas seguintes, o braço direito dele foi ficando roxo, até começar a necrosar.

A família afirma que as informações dos médicos são desencontradas. Ninguém explica o motivo para isso ter acontecido.

“As informações são muito divergentes, cada um fala uma coisa”, reclamou o pai.

O site da Organização Social Viva Rio diz que o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla tem uma maternidade de referência em casos de alto risco, mas o RJ1 encontrou várias salas vazias.

Ainda conforme a reportagem do G1, a família entrou em contato com uma advogada para pedir ajuda. Os pais querem que o filho seja transferido para outro hospital, onde acreditam que o atendimento será melhor.

“Me parece uma questão de erro médico, negligência médica. Hoje a gente está aí tentando correr para ver se consegue uma transferência para que essa criança consiga ter um atendimento adequado. Se ela continuar no estado em que ela está, ela pode vir a óbito”, disse a advogada Bianca Bezerra.

A direção do Hospital Ronaldo Gazolla disse apenas que o bebê está recebendo os devidos cuidados e que se colocou à disposição dos parentes para esclarecer dúvidas.

OS Investigada

A OS viva Rio teve alguns problemas noticiados pela imprensa. Investigada por irregularidades, e entidade privada foi alvo de inquérito no Ministério Público.

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