TERCEIRIZADOS DE HOSPITAL EM SÃO GONÇALO PROTESTAM CONTRA CALOTE NOS SALÁRIOS

TERCEIRIZADOS DE HOSPITAL EM SÃO GONÇALO PROTESTAM CONTRA CALOTE NOS SALÁRIOS

Sindserv 28 anos (466)
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Funcionários do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, Rio de Janeiro, protestaram em frente à unidade neste fim de semana. Eles ameaçam cruzar os braços se não forem pagos os salários atrasados há dois meses pela Organização Social Instituto Lagos Rio. A OS é pivô de um escândalo de corrupção na Saúde.
Os técnicos de enfermagem denunciam que além do atraso no pagamento dos salários, os funcionários do hospital, que é referência na região, estão sem receber o dinheiro referente ao vale-transporte.
Na quarta-feira (24) passada, os funcionários também protestaram pelo mesmo motivo.
A OS Lagos, alvo da ‘Operação Pagão’, do Ministério Público na última quinta-feira (25), recebeu os repasses do governo.
Os profissionais seriam quarteirizados de uma outra empresa contratada pela OS. Cinco pessoas ligadas a entidade foram presas. Entre elas o ex-dirigente e atual fornecedor da OS, Sildiney Gomes Costa, e o diretor-presidente do Instituto Lagos Rio, José Marcus Antunes Andrade.

Os males da Terceirização

Os contratos de terceirização na Saúde e demais áreas, seja por meio de organizações sociais (OSs), seja via organizações da sociedade civil (OSCs) são grandes oportunidades para falcatruas. Seja por meio de fraudes trabalhistas e precarização das condições de trabalho, seja pelo encontro de intenções entre administradores dispostos a se corromper e prestadores que montam organizações de fachada para estruturar esquemas de ganhos ilegais para ambas as partes.

As fraudes proliferam pela existência de corruptos e corruptores, em comunhão de objetivos, mas também pela facilidade que esta modalidade administrativa propicia para a roubalheira. Gestões compartilhadas com OSs e termos de parceria com OSCs não exigem licitações para compras de insumos. As contratações de pessoal também tem critérios frouxos, favorecendo o apadrinhamento político.

A corrupção, seja de que tipo for, é duplamente criminosa, tanto pelo desvio de recursos públicos já escassos quanto pela desestruturação de serviços essenciais como o da saúde, fragilizando o atendimento da população em pleno período de emergência sanitária.

Reafirmamos:

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

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