A tentativa de desmonte da assistência social no município de São Vicente (SP) gerou um protesto na manhã desta quarta (23), na porta da Prefeitura, no Centro da Cidade.

As trabalhadoras da Secretaria da Assistência Social foram até a sede do governo para dizer ao prefeito Kaio Amado que não vão aceitar a retirada de cargos técnicos para dar lugar a cargos comissionados e políticos.

O prefeito não quis receber e escutar os servidores, ao contrário do que faz quando outros grupos aparecem na porta da prefeitura. “Os trabalhadores não tem vez na gestão de Kayo Amado?” pergunta, em comunicado nas redes sociais, a Comissão de Lutas dos Servidores de São Vicente.

Ainda conforme a nota, após muita pressão, a assessoria do prefeito marcou uma reunião com os trabalhadores para a próxima sexta-feira (25).

Mais apadrinhamento

Recentemente, mostramos aqui no Ataque aos Cofres Públicos outra tentativa de substituir funcionários concursados pelos chamados cargos comissionados nomeados de forma política na Educação de Praia Grande.

A situação foi denunciado por um servidor ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), que constatou que o Governo realmente estava contratando sem concurso público pessoas para atuar na gestão das escolas municipais.

Uma das pessoas teria ligação com o partido da situação. A prática, extremamente prejudicial à qualidade dos serviços públicos tem ocorrido em larga escala na saúde, só que por meio das organizações sociais (OSs). Na Educação de Praia Grande, as contratações estariam ocorrendo sem esse subterfúgio legal. Na cara dura mesmo.

O MPE-SP instaurou, em 10 de maio último, procedimento preparatório de inquérito civil para apurar os casos de apadrinhamento em vagas de assistente técnico pedagógico, de direção, supervisor escolar e diretor escolar. Esses cargos eram preenchidos por educadores efetivos, que passavam por processo seletivo, para funções gratificadas.

No entanto, recentemente a Seduc abriu mão do processo seletivo para convidar professores que nunca se inscreveram no concurso. Uma das convidadas para a função de assistente de Direção foi uma ex-candidata a vereadora pelo MDB nas últimas eleições.

Dias depois da repercussão negativa na mídia, a pasta resolveu abrir processo avaliativo com finalidade de selecionar os docentes para ocupar funções gratificadas.

São 13 vagas para assistente de Direção; 17 para diretor de unidade escolar; 10 para assistente técnico pedagógico; oito para pedagogo comunitário e duas para supervisor de unidade escolar. As inscrições vão até o próximo dia 02, de forma online, no site www.cidadaopg.sp.gov.br, em que o professor deve apresentar inúmeros documentos.

Todos terão função gratificada e o servidor precisa ter currículo constando ações e projetos desenvolvidos, experiência no Magistério, participação em cursos, palestras, seminários, congressos e outros eventos de interesse da área educacional; projeto a ser desenvolvido na área de atuação pretendida enfatizando as ações administrativas, pedagógicas e comunitárias.