MÉDICOS TOMAM CALOTE EM HOSPITAL TERCEIRIZADO DO AMAZONAS

MÉDICOS TOMAM CALOTE EM HOSPITAL TERCEIRIZADO DO AMAZONAS

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Médicos do Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, no Amazonas, estão sem receber o salário de julho. O equipamento estadual é comandado pela Organização Social de Saúde Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humanos (INDSH).

O Conselho Regional de Medicina do Amazonas recebeu denúncia dos atrasos e disse que vai apurar as informações.

Nas redes sociais do próprio Governador Wilson Lima, profissionais cobraram um posicionamento sobre o pagamento. Um dos relatos menciona que os médicos estão sem receber o salário de julho, sob a justificativa de que o Governo ainda não fez o repasse. Outro médico chegou a mencionar uma greve dos profissionais que estão sem receber.

Além da OS INDSH, o hospital também tem os serviços não assistenciais terceirizados. A empresa OZN Health é responsável pela manutenção, logística, limpeza, segurança, recepção, alimentação, lavanderia, digitalização e tecnologia da informação no local.

Para a imprensa local, o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr José Bernardes Sobrinho, firmou que o órgão de classe vai analisar denúncias, visto que os profissionais já chegaram a ficar 5 meses com os salários atrasados entre 2018 e 2019. A preocupação é que os médicos deixem de atuar no Amazonas.

De acordo com o Sindicato dos Médicos do Amazonas, não houve ainda uma denúncia formal em relação ao atraso no pagamento de salários. O Conselho Regional de Enfermagem também declarou que não registrou.

O Conselho que representa a categoria de médicos declarou que não admite atraso nos salários e, depois de apurar a denúncia, vai intermediar a negociação.

O Hospital Delphina Aziz, referência para Covid-19 no Estado do Amazonas, já recebe pacientes com outras doenças e realiza consultas especializadas e exames em diversas áreas

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E CONTRA A PEC 32!

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos dos trabalhadores.

Falando novamente em ensino público municipal, a Educação Infantil tem cada vez mais unidades subvencionadas para entidades que recebem dinheiro público e não são fiscalizadas. A assistência social também tem sido rifada desta mesma forma pelo atual governo.

É evidente que todo esse processo de terceirização à galope traz como saldo para a sociedade a má qualidade do atendimento e o desmonte das políticas públicas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais da classe trabalhadora, aumento da exploração e acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais.

Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores, enquanto executores dos serviços ou enquanto usuários destes mesmos serviços. O modelo de gestão pública por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido sempre.

E vem aí a Reforma Administrativa por meio da PEC 32, em rápida tramitação no Congresso. O objetivo, como sempre, é simplesmente acabar com o serviço público como conhecemos e transformar as administrações em grandes cabides para contratação de indicados e cabos eleitorais com total respaldo da lei. Também vai, na prática, acabar com os concursos públicos.

O dinheiro público agora poderá ser desviado oficialmente para as empresas amigas, as campanhas eleitorais e as rachadinhas (aquele esquema em que o político contrata alguém, mas exige que o contratado deposite parte do próprio salário na conta do político).

A Reforma não acaba com privilégios, nem mexe com eles. Ao contrário, mantêm os privilégios e os altos salários de juízes, políticos, promotores, diplomatas, cúpula dos militares e outros.

O único objetivo dessa Reforma é piorar os serviços públicos e atacar os servidores que atendem a população mais vulnerável.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos! Contra da PEC 32 e em defesa das políticas públicas!

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