FAMÍLIA DE IDOSA QUE MORREU NA UPA CENTRAL DE SANTOS QUESTIONA ATENDIMENTO

FAMÍLIA DE IDOSA QUE MORREU NA UPA CENTRAL DE SANTOS QUESTIONA ATENDIMENTO

Lei Complementar 752-2012 - estatuto do magisterio - pccv do magisterio

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Mais um óbito cercado de suspeita de negligência e ineficiência no atendimento foi registrado na UPA Central de Santos, sob a gestão da organização social In Saúde.

O caso foi parar na Câmara de Santos e virou tema de um requerimento do vereador Fabrício Cardoso (Podemos, 2º Mandato) ao Executivo. De acordo com o documento, na madrugada do último dia 20/1/23, a senhora Dejanira Evangelista de Souza passou mal e foi levada por seus familiares à UPA Central. No local, a Dejanira passou por avaliação médica, foi medicada e liberada para voltar para casa.

Ocorre que, na manhã do mesmo dia, a idosa voltou a passar muito mal, sendo, inclusive, necessário levá-la de volta à UPA Central de ambulância. Diante de uma suspeita de AVC a paciente foi encaminhada para regulação de vagas para internação em um hospital, além da realização de uma tomografia para fechar o diagnóstico e verificar a área afetada por uma possível isquemia cerebral.

No entanto, com a rápida evolução e piora do quadro, a paciente precisou ser entubada na própria UPA Central. Não resistiu e faleceu devido a uma parada cardíaca e infecção generalizada.

A família de Dejanira denuncia falhas na avaliação médica na primeira ida à UPA Central, na madrugada do dia 20/1/23. Os parentes classificam o atendimento como superficial e acreditam que a equipe não deveria ter mandado a paciente de volta para casa sem realização de exames.

Além disso, a família também se queixa da falta de informação da paciente antes da liberação do boletim médico, situação que gerou muita angústia e sofrimento a todos parentes  que aguardavam por alguma notícia na porta da UPA Central.

O vereador pergunta ao prefeito Rogério Santos:
1) Por que a paciente Dejanira Evangelista de Souza foi liberada para retornar para casa sem realizações de exames mais aprofundados?
2) Devido à rápida evolução e piora do quadro, que levou a paciente à óbito, o caso foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO)? Caso positivo, quando será finalizado o laudo? Caso negativo, porquê?
3) Há estudos para fornecimento de informação técnica aos familiares que acompanham os pacientes antes do boletim médico?

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

 

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