“Lutamos pelo fim das privatizações na saúde federal. Somos contra a entrada das Organizações Sociais (OSs) na Saúde. Demandamos a jornada de 30 horas. Exigimos o pagamento do piso salarial nacional aos profissionais da enfermagem. E, além disso, reivindicamos o enquadramento de “técnicos” para os auxiliares da enfermagem”.
Assim a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio, Christiane Gerardo, explica os motivos que levaram os profissionais a mais um protesto nesta segunda (19), em frente ao Hospital Federal da Lagoa
Enfermeiros e técnicos de enfermagem dos hospitais federais do estado do Rio de Janeiro estão insatisfeitos com a condução do Ministério da Saúde a respeito do piso salarial nacional e denunciam o governo federal, o governo do estado e a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro de não terem implementado a legislação, a qual foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os sindicalistas também se manifestaram contra a estadualização da unidade, que está em vias de passar para o controle estadual.
Sidney Castro, também diretor do Sindsprev/RJ, acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), de usar o Ministério da Saúde como “moeda de troca” do jogo político nacional. “Ele está condicionando a aprovação de projetos do governo Lula à substituição da atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, por um apadrinhado seu”, afirma ao jornal Extra.
CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!
Terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.
Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.
No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.
Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.
Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.
Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!