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VEREADORES DEFENSORES DA TERCEIRIZAÇÃO DA GESTÃO DA SAÚDE PÚBLICA AGORA PEDEM PROVIDÊNCIAS CONTRA DESMANTELO DAS UPAS COMANDADAS POR OSs
Nas últimas sessões legislativas alguns vereadores de Santos apresentaram requerimentos pedindo melhorias nos serviços executados por organizações sociais (OSs) contratadas a peso de ouro para cuidar das UPAs e do Hospital dos Estivadores. Como se não soubessem que a lógica calcada no lucro com dinheiro do SUS e a falta de qualidade são inerentes a esse modelo de gestão.
Desta vez os parlamentares que apresentaram trabalhos pedindo informações ao Executivo sobre o assunto foram:
🔴 PAULO MIYASIRO (Republicanos, 1º Mandato) – é o candidato do ex-vereador Sadao Nakai, que votou a favor da Lei das OSs em 2013. Compõe base do atual e dos últimos governos, que implementaram e aprofundaram esse modelo de gestão em Santos.
Requerimento aponta denúncias feitas por munícipes trazidas ao seu gabinete no tocante à qualidade de atendimento e insatisfação com o número de profissionais na Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste. “Os mesmos se queixam de poucos médicos, enfermeiros e longas demoras no atendimento”, diz o documento.
🔴 LINCOLN REIS (podemos, 3º Mandato) – compõe base do atual e dos últimos governos, que implementaram e aprofundaram esse modelo de gestão em Santos.
Requerimento pede a colocação de torneiras e saboneteiras no banheiro da UPA Central, na Vila Matias. Pois é…A unidade de saúde não dispõe de meios para os pacientes higienizarem as mãos.
🔴 FABRÍCIO CARDOSO (Podemos, 2º Mandato) – compõe base do atual e dos últimos governos, que implementaram e aprofundaram esse modelo de gestão em Santos.
Requerimento afirma que pacientes e familiares que frequentam o Hospital dos Estivadores têm relatado a ausência de travesseiros e cobertores em quantidade suficiente para atendimento nas enfermarias, gerando desconforto e dificuldade durante o período de internação. Diz o ofício: “Ainda segundo os relatos, familiares têm sido orientados a trazer esses itens de casa, o que é inaceitável em uma unidade hospitalar que deveria fornecer todas as condições necessárias para o cuidado dos pacientes. Embora o hospital seja público, a gestão atual está a cargo do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz (ISHAOC), contratado pela Executivo santista para garantir a excelência no atendimento. Diante das denúncias sobre a falta de insumos básicos como travesseiros e cobertores, é fundamental que a Executivo, como responsável pela fiscalização do contrato com o ISHAOC, investigue essas reclamações com a devida seriedade e exija providências imediatas para garantir o bem-estar dos pacientes. O fornecimento de tais itens é parte essencial de um atendimento humanizado e de qualidade, e a ausência deles compromete não apenas o conforto dos internados, mas também a imagem do serviço público de saúde”.
🔴 JOÃO NERI (União Brasil, 1º Mandato) – compõe base do atual e dos últimos governos, que implementaram e aprofundaram esse modelo de gestão em Santos.
Requerimento sobre a UPA da Zona Noroeste diz que banheiros estão com os “ralos entupidos e a água do banheiro não escorre devidamente, ocasionando um chão sempre cheio d’água. Isso tem causado diversos transtornos tanto para a equipe de enfermagem, quanto para os acompanhantes e para os pacientes. Além do que, existe o risco de acidentes. Esta situação compromete o bem-estar e a higiene no ambiente, além de gerar desconforto para todos”, descreve.
🔴 BENEDITO FURTADO (PSB, 8º Mandato) – compõe base do atual e dos últimos governos, que implementaram e aprofundaram esse modelo de gestão em Santos, porém, em 2013, votou contra a Lei das OSs no Município.
Em sua justificativa, cita o relato do munícipe Rodrigo Silva, em suas redes sociais. O usuário conta que neste último mês teve problemas de saúde, e esteve presente praticamente em todas as UPAS da Cidade de Santos. “A principal queixa foi com relação a desídia e falta de empatia durante o atendimento, de tal forma que as pessoas se sentem intimidadas”.
E FICA TUDO POR ISSO MESMO
Em resumo, parte dos vereadores não tem coragem de fazer o que tem que ser feito. Exigir a revogação da lei das OSs em Santos, mostrando como justificativa não só a piora na qualidade dos serviços e os altos gastos com as empresas privadas, mas também a baixa resolutividade dos atendimentos e o aumento dos casos de erros e negligência.
Ser vereador de verdade não se limita a mandar papel para a Prefeitura pedindo informações. Ser vereador requer fiscalização e enfrentamento político para fazer o que tem que ser feito para que o dinheiro público realmente seja revertido à melhoria das condições de vida da população que elege os parlamentares para representá-la.
VEREADORES DE SANTOS, PARA QUEM ELES TRABALHAM?