Os serviços públicos devem ser executados por servidores públicos concursados por várias razões, como a maior garantia na qualidade das políticas públicas e a coibição de apadrinhados políticos.
Outro motivo importante é a segurança dos próprios usuários, já que são frequentes as notícias de empresas terceirizadas que contratam sem qualquer checagem mínima da qualificação, perfil e antecedentes criminais .
O motivo é simples: para garantir alta lucratividade, as terceirizadas se valem de uma força de trabalho precarizada, que muitas vezes também é vítima da terceirização ao receber menos, não ter todos os direitos e arcar com calotes trabalhistas.
Aqui já noticiamos casos de médicos falsos contratados por OSs na saúde, técnico de Raio X acusado de abuso sexual de mulheres nas UPAs, profissionais de apoio à inclusão escolar despreparados para lidar com crianças etc.
Nesta quinta (8) veio à tona mais um caso. Desta vez em Itanhaém, envolvendo um contratado como auxiliar de inclusão em uma escola municipal. O rapaz foi demitido após ser investigado por suposto abuso de menores de idade.
O site do jornal A Tribuna, relata que o caso veio à tona após a mãe de um aluno, de 13 anos, encontrar o vídeo em um tablet que estava com o filho. A situação começou quando a mãe do menor de 13 anos encontrou o tablet pertencente ao funcionário entre os pertences do filho. Questionado, o menino disse que o aparelho havia sido emprestado pelo funcionário para ele usar.
Quando foi devolver o tablet na escola, a mãe encontrou no aparelho um vídeo que mostra o homem e um
adolescente de 16 anos praticando atos sexuais. Segundo apurado junto à polícia, as imagens foram feitas com consentimento do jovem.
Abaixo transcrevemos a matéria do Santa Portal cobre o assunto:
Um homem que prestava serviço para a Escola Municipal Célia Marina Dal Pozzo Borges, no bairro Umuarama, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, é investigado por suposto abuso de menores de idade. Segundo apuração do Santa Portal, ele atuava como auxiliar de inclusão.
O caso veio à tona após a divulgação de vídeos em que aparece tendo relações sexuais com um adolescente em um espaço público. As imagens circularam nas redes sociais e chegaram às autoridades por meio de denúncias feitas por terceiros.
A Secretaria de Educação de Itanhaém confirmou, em nota divulgada nesta quarta-feira (8), que foi informada da investigação pela Polícia Civil e pelo Conselho Tutelar, e que os fatos não teriam ocorrido dentro das unidades escolares da rede municipal.
“Assim que recebeu as informações, a Administração Municipal instaurou um processo administrativo para apurar o caso e verificar se os menores estão matriculados na rede municipal de ensino”, informou a pasta.
A Administração Municipal também esclareceu que o investigado não é servidor público, mas sim funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços nas escolas municipais. Diante da gravidade das acusações, a Secretaria de Educação determinou o imediato desligamento do profissional, medida que foi prontamente atendida pela empresa contratada.
A Prefeitura de Itanhaém ressaltou ainda que permanece à disposição das autoridades competentes e colabora integralmente com as investigações sobre o suposto abuso na escola.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo informou que o caso é investigado por meio de inquérito policial na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itanhaém. Segundo o órgão, a autoridade policial já realizou oitivas e requisitou perícia.
A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, mas não conseguiu localizá-la até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.