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NA SEMANA DO PROFESSOR, POR RETALIAÇÃO, ELES VOTARAM CONTRA A HOMENAGEM A UMA PROFESSORA NEGRA
O vereadores Adriano Piemonte (União, 1º Mandato), Alisson Sales (PL, 1º Mandato), Fábio Duarte (PL, 1º Mandato), Rafael Pasquarelli (União, 1º Mandato), Rui de Rosis Jr (PL, 1º Mandato) e Sérgio Santana (PL, 4º Mandato) envergonharam a categoria dos profissionais da Educação.
Na sessão desta quinta (16), um dia após o Dia dos Professores, eles votaram contra o projeto de decreto legislativo que visa homenagear uma professora negra, que além de possuir extenso currículo e uma formação elevada (chegando ao pós doutorado), ainda atuou na Baixada Santista na área da Educação Popular, coordenando um dos núcleos da Rede de Cursinhos Comunitários Educafro.
E por que esses vereadores se recusaram a prestar um reconhecimento a Mary Francisca do Careno, uma educadora gabaritada e atuante na nossa região? A resposta é simples: vingança.
O que ocorre é que a autora do projeto de homenagem à professora é a vereadora Débora Camilo (PSOL, 2º Mandato). Débora votou contrariamente a outras homenagens propostas por alguns destes vereadores da extrema direita santista como, por exemplo, a Medalha de Honra ao Mérito “Brás Cubas” a um policial que participou de uma das mortes suspeitas durante a Operação Escudo. A honraria foi proposta pelo vereador Sérgio Santana, o mesmo que tentou homenagear a deputada federal de seu partido – Rosana Valle, que votou a favor da PEC da Bandidagem no Congresso Nacional.
Na época, Débora Camilo se recusou a assinar o requerimento de pautação da propositura. No fim, Santana recuou após a repercussão dos atos de rua contra os congressistas inimigos do povo e resolveu retirar o projeto.
Outra “briga” que a vereadora Débora comprou foi a tentativa de retirar a medalha do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Aliado do ex-presidente condenado por vários crimes, Jair Bolsonaro, Ribeiro fez falas transfóbicas e capacitistas que geraram grande repercussão.
Os vereadores bolsonaristas não esqueceram a tentativa de cassar a medalha do ex-ministro e, por sentimento de retaliação, decidiram votar em bloco pelo não provimento de homenagem à professora Mary Francisca do Careno.
A professora, que nada tem a ver com a postura absurda de vingança da bancada do PL e União Brasil na Câmara de Santos, felizmente não deixará de ser reconhecida. O projeto foi aprovado por 14 votos a favor e 6 contrários.
Importante frisar que houve uma abstenção, registrada pelo vereador Zequinha Teixeira (PP, 3º Mandato). Lamentavelmente, Zequinha ficou em cima do muro na hora de prestar homenagem a uma educadora, mas votou favoravelmente às honrarias ao ex-ministro transfóbico e capacitista e favoravelmente e ao PM envolvido na morte suspeita de um jovem durante a Operação Escudo.
É extremamente lamentável o papel a que se prestam alguns representantes do povo no parlamento santista.
VEREADORES DO PL, UNIÃO E PP DE SANTOS, PARA QUEM ELES TRABALHAM?