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“TRATORARAM” A VONTADE POPULAR E O DIREITO À MORADIA DIGNA EM SANTOS

Por 17 votos a 4, a Câmara de Santos fez o que já se esperava diante de uma legislatura totalmente cooptada pelo interesse dos grandes grupos econômicos: ao apagar as luzes do ano, a dita “Casa do Povo” escancarou ainda mais suas portas para a sanha por lucro a qualquer custo para os especuladores imobiliários. 

Nesta segunda (22), em sessão extraordinária no horário do almoço,  a maioria dos vereadores aprovou um projeto que permite a venda de áreas de moradia popular a preço de banana para grandes incorporadoras. As chamadas zonas especiais de interesse social (Zeis),  destinadas a abrigar projetos habitacionais populares, agora podem ser desgravadas a qualquer tempo e sem sequer passar pelo Legislativo. 

Foi o que aconteceu com dois terrenos na Avenida Ana Costa,  que deveriam servir para moradias populares e que foram comprados pelo Grupo Macuco por apenas R$ 5 milhões, com aval do Executivo. 

E nesta terça (23), antevéspera de Natal, as emendas apresentadas para minimizar alguns absurdos do projeto foram rejeitadas pelos vereadores que constam na imagem deste post. Assim, a última sessão (extraordinária) fechou o ano legislativo sob o signo da vergonha. 

O direito à moradia em locais urbanizados e com o mínimo de infraestrutura agora está à mercê do balcão de negócios que se tornou a cidade de Santos, com a ajuda da Câmara e do prefeito Rogério Santos (Republicanos). 

Os lacaios dos empresários e da especulação imobiliária venceram esta batalha, mas a luta dos movimentos por moradia promete seguir firme. Os eleitores que entendem que a verdadeira função dos parlamentares é legislar pela população – e não a favor de benesses dos endinheirados – não podem esquecer destes dois dias daqui a três anos.

VEREADORES DE SANTOS, PARA QUEM ELES TRABALHAM?

PREFEITO ROGÉRIO SANTOS, A FAVOR DE QUEM GOVERNA?