Aqui na cidade comandada pelo tucano Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que vive repetindo ter Nota 10 em Transparência, as OSs também não cumprem a Lei 3.330, que determina algumas regras de transparência. A legislação determina que as entidades incumbidas de gerenciar serviços públicos municipais a divulguem dados sobre os contratos a que estão submetidas e também relatórios que demonstrem o cumprimento das ações contratadas pelo Executivo.A proposta, de autoria do ex-vereador Marcelo Del Bosco (PPS), visa dar um mínimo de transparência ao modelo de gestão, que atualmente entrega milhões à iniciativa privada sem qualquer fiscalização ou controle social.
Pela lei as OSs deveriam manter e atualizar em seus sites oficiais uma série de informações. Dados sobre os serviços que executam e sobre o uso do dinheiro que recebem da Prefeitura.
Nos sites das duas entidades que atuam em Santos (Fundação do ABC, na UPA, e Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no Hospital dos Estivadores) não há nem sombra dos contratos, que dirá de dados financeiros. Na lista de locais atendidos pela Fundação do ABC não constava sequer a UPA de Santos. Recentemente a entidade atualizou a página, mas apenas com um texto informativo, sem quaisquer dados financeiros ou relativos ao contrato, cumprimento de metas etc.
Já o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz não possui nem mesmo uma página na internet. No site do Hospital, ao qual a entidade é vinculada, não há qualquer referência de que existe a uma OS com o mesmo nome.
Como a lei não prevê nenhuma sanção a quem descumpri-la, corre-se o risco de seus dispositivos caírem no esquecimento.
Como se vê, a legislação que tenta facilitar a difícil tarefa de fiscalizar os repasses por parte da sociedade deverá ser mais uma “lei morta”. E as OSs continuarão reinando nos serviços públicos e enriquecendo seus diretores. Tudo isso financiado por você, santista, que paga seus impostos em dia sem saber o que é feito do seu dinheiro.