A cidade de Ribeirão, em Pernambuco, tinha um hospital que servia à população na gestão passada. O prédio, particular, era arrendado pela Prefeitura para propiciar o atendimento via SUS à População. Os recursos que colocavam toda a estrutura para funcionar eram públicos, mas quem geria a operação, inclusive com contratação de trabalhadores terceirizados, era uma organização social (OS).
Como é de praxe em unidades públicas terceirizadas para OSs, o Hospital Geral Professor Clóvis de Azevedo Paiva também acabou perecendo. O Ministério Público de Pernambuco identificou diversas irregularidades e falta de prestação de contas da OS. O Poder Judiciário também não autorizou nenhum pagamento a Organização Social. O governo então acabou fechando o serviço. A população pagou a conta duas vezes. Uma contribuindo com recursos mal geridos pela empresa e outra com as consequências da desistência provocada pela irresponsabilidade do prefeito da época.
Agora parece ter sido detectada uma perspectiva de reabertura. Após uma reunião com o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, o atual prefeito Marcello Maranhão (PSB) recebeu a garantia que o Governo de Pernambuco vai desapropriar o Hospital e entregar a gestão para o município.
O esforço agora é para encontrar recursos para reformar e equipar novamente o prédio. Mas uma sombra paira sobre o futuro. Não há garantias se o modelo de gestão do serviço será por administração direta ou, mais uma vez, por OS.
“Agora, vamos aguardar os recursos para reforma e preparar um modelo de gestão que atenda com satisfação os moradores de Ribeirão”, declarou o prefeito.
A conferir.