A Fundação do ABC (FUABC) segue gerando problemas nas unidades públicas onde está presente, na forma de gestora contratada pelo estado.
Em Mauá, no chamado Cosam (Complexo de Saúde de Mauá), a organização social está sendo acusado pelos trabalhadores terceirizados de apropriação indébita de valores que deveriam ser utilizados para pagamento de empréstimos consignados.
A denúncia é destaque do jornal Diário do Grande ABC desta sexta-feira (16). Por meio de comunicado à imprensa, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde do Grande ABC (SindSaúde ABC) questiona a FUABC de descontar parcelas de empréstimos consignados na folha de pagamento de alguns trabalhadores e de não efetuar o repasse aos bancos.
“O Sindicato orientou os trabalhadores a registrarem BO (Boletim de Ocorrência) e enviarem para o sindicato, juntamente com a carta do banco cobrando o pagamento e o holerite comprovando o desconto”, detalha a nota do SindSaúde, e ainda completa: “Com esses documentos o sindicato vai processar a empresa criminalmente por apropriação indébita e estelionato”.
O aviso é assinado pelo presidente da entidade sindical, Almir Rogério Mizito.
A organização social que também atua em Santos, na gestão da UPA Central, se pronunciou e admitiu que realmente “houve um problema de sistema no mês de dezembro, mas que foi solucionado”.
Sem 13º
Mas esse não é o único problema apontado pelos trabalhadores. No mesmo comunicado o SindSaúde também afirma que o pagamento do 13º salário dos funcionários que atuam em Mauá não foi pago integralmente. Os dirigentes sindicais estão inclusive convocando os terceirizados a promoverem atos para exigir o cumprimento de seus direitos. Uma primeira atividade já teria ocorrido nesta sexta, às 5h30, em frente ao Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini. No local a categoria também decidiria a data do início da greve.
A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na semana passada, por conta do mesmo problema. Em carta redigida pela entidade sindical a ser distribuída aos usuários do serviço estão os argumentos que geraram a decisão pela paralisação: “Os funcionários da FUABC estão passando por uma situação humilhante e podem não ter outra saída senão utilizar o último recurso diante da intransigência patronal: a greve”, explica o texto.
No jornal Diário do Grande ABC a FUABC admite que os pagamentos do 13º salário foram “de fato pagos parcialmente”, mas informa que “aguarda repasse financeiro da Prefeitura de Mauá para efetuar os pagamentos”. Já a Prefeitura não respondeu aos questionamentos do jornal.
Um total de 942 trabalhadores são empregados da FUABC nos equipamentos públicos de Saúde de Mauá.
O Ataque aos Cofres Públicos mostrou ao longo dos últimos meses os problemas que a OS tem gerado na cidade. Veja nos links abaixo: