Em Guarujá, um estranho modo de gerir a saúde deixa qualquer um perplexo. Enquanto a Prefeitura mantém contrato de R$ 25 milhões que vem sendo renovado a cada dois ou três meses com uma Organização Social (OS) que administra as Usafas (Unidades de Saúde da Família), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ficam sem condições de atendimento.
A imprensa local chamou a atenção na última terça-feira (20/01) para o fato de uma UBS do bairro Pae Cará fechar as portas mais cedo por conta do calor.
Ao que tudo indica, a unidade estava com o ar condicionado quebrado. O horário de funcionamento é até 17 horas, mas às 15 horas já não havia mais médicos ou enfermeiros. Apenas um cartaz explicando o motivo do fim precoce do expediente.
“Atenção: devido à temperatura insuportável, as salas de vacina e curativo ficarão abertas das 8 às 13h”, diz o aviso.
A ajudante de despachante aduaneiro Camila Yokoyama dos Santos Saibro, de 20 anos, esteve no local para pegar a 2ª via da carteira de vacinação da irmã.
Ela só encontrou uma atendente, que a avisou de que não haveria atendimento porque os funcionários haviam ido embora devido ao forte calor.
De acordo com o que relatou Camila para o A Tribuna On Line, os aparelhos de ar-condicionado da UBS estão quebrados. “Lá dentro estava tudo vazio e as salas, fechadas. Só a mulher da recepção estava atendendo. Fui falar com ela para saber se podia pegar a carteira da vacinação. Ela disse que não ia ver porque o ar estava quebrado e as funcionárias tinham ido embora”, conta.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde prometeu apurar a denúncia na manhã desta quarta-feira (21). Disse ainda que tomará as medidas cabíveis, se necessário, pois a Secretaria não foi avisada previamente e tampouco autorizou qualquer mudança no atendimento à população.