O Hospital São Paulo, gerenciado pela Organização Social de Saúde (OSS) SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina-, ligada à Unifesp, suspendeu internações que não forem consideradas de urgência desde esta quinta-feira (18/6). As cirurgias eletivas também não estão sendo realizadas.
Só pacientes de urgência e emergência estão sendo atendidos na unidade, que fica na Vila Mariana, na capital paulista. Referência em atendimento de alta complexidade, o hospital enfrenta uma grave crise financeira e está superlotado. Tem capacidade para 300 pacientes, mas atende, em média, 900 pessoas por dia.
Uma faixa na porta avisa que apenas os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos na unidade e, no pronto-socorro, dezenas de pacientes foram acomodados em cadeiras e macas nos corredores. Veja vídeo do Bom Dia São Paulo.
Segundo uma nota divulgada pelo hospital, a demanda de casos urgentes tem sido muito alta, “com pacientes graves vindos sem nenhuma regulação por conta da desestruturação de outras unidades de atendimento de saúde públicas, seja por falta de médicos ou por falta de recursos”. O pronto-socorro e equipe médica também estariam sobrecarregados.
É importante lembrar que a SPDM atua em 14 hospitais como OSS conveniada, recebendo verbas em níveis federal, estadual e municipal. Em outubro de 2014, requisitou R$ 2,5 milhões a mais por mês para conseguir manter o hospital São Paulo. Parte do dinheiro foi enviada pela Secretaria Estadual da Saúde e pelo Ministério da Saúde, mas não teria sido suficiente para sanar os problemas.
Segundo informou o hospital ao site G1, há negociações em andamento com o Ministério da Educação/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os gestores locais para equacionar essa condição.
É mais dinheiro sendo injetado para resolver a ‘grave situação orçamentária’ e contornar a greve dos servidores federais que atuam na unidade.
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