PRETENSA INDEPENDÊNCIA DO LEGISLATIVO NÃO PASSA DE DISCURSO QUE NÃO COLA

O assunto foi energicamente discutido na sessão de quinta (26), após o jornalista Carlos Ratton ter feito comentários pertinentes em uma emissora de rádio. A insistência em negar que a maioria governista obedece ao que o prefeito determina é inútil. Embora tentem sustentar independência, sabe-se inclusive que há retaliações para quem vota contra projetos do governo. Não ser chamado para reuniões, eventos, ou para conhecer projetos antecipadamente é uma das formas de colocar o divergente na geladeira.
Compreender o processo é fácil. Os vereadores integram partidos que possuem cargos no governo, em segundo escalão ou no comando de secretarias. Embora possam esboçar posição crítica sobre determinado tema, no final, acabam votando com o chefe, para não provocar o desgaste ou eventual ruptura política e a perda de vantagens e benesses. Trata-se do conhecido toma-la-dá-ca.