PRONTO-SOCORRO CENTRAL DE CUBATÃO PASSOU HORAS SEM MÉDICO E INSTITUTO ALPHA NÃO EXPLICA O MOTIVO

PRONTO-SOCORRO CENTRAL DE CUBATÃO PASSOU HORAS SEM MÉDICO E INSTITUTO ALPHA NÃO EXPLICA O MOTIVO

maranhao (92)

maranhao (92)

Reportagem do jornal A Tribuna desta quarta (22) mostra mais um episódio ilustrativo do serviço imprestável que as organizações sociais executam na saúde pública.

A situação, classificada como “desesperadora aconteceu no último domingo (19), com a família do eletricista
Sérgio Lima, morador do Jardim Casqueiro, em Cubatão. Ao passar mal com sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante a madrugada, a mãe de Sérgio, Cecília Lima, de 74 anos, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Pronto-Socorro Central da cidade. Só que lá o eletricista presenciou uma grande demora para o atendimento emergencial de sua mãe.

Segundo Sérgio, a família chegou à unidade de saúde às 7h da manhã e, por mais de quatro horas, eles esperaram pelo atendimento da idosa. A demora, de acordo com o eletricista, foi causada pela ausência de médicos de emergência no pronto-socorro. A falta de médicos fez, inclusive, com que a família registrasse um boletim de ocorrência. “Essa situação é lamentável, me sinto muito triste”, diz Sérgio, que revelou à reportagem de A Tribuna que, desde então, sua mãe segue internada no pronto-socorro, aguardando uma vaga em um quarto no Hospital Municipal de Cubatão.

Por meio de nota enviada ao jornal, a Secretaria de Saúde de Cubatão informou que a fiscalização do contrato com o Instituto Alpha, empresa que gerencia Pronto-Socorro Central da cidade, teve ciência da falta de profissionais no início do plantão do dia 19 e cobrou a contratada assim que recebeu a informação.

À Prefeitura, a empresa informou que providenciou cobertura do plantão de forma imediata. Ainda segundo a pasta, a comissão de avaliação do contrato deverá fazer um apontamento formal à Administração Municipal para que sejam tomadas providências cabíveis. Procurado, o Instituto Alpha não retornou  à reportagem.

Ficha Suja

Por diversas vezes publicamos aqui no Ataque aos Cofres Públicos matérias sobre as mazelas da terceirização dos serviços públicos envolvendo o Instituto Alpha. Veja abaixo alguns casos clicando nos links:

 

PREFEITO ADEMARIO OLIVEIRA É PUNIDO POR TERCEIRIZAR A SAÚDE DE CUBATÃO E SEM LICITAÇÃO E NÃO FISCALIZAR O USO DO DINHEIRO PÚBLICO

MÃES RECLAMAM DE FALTA DE MEDICAMENTOS EM PS INFANTIL TERCEIRIZADO DE CUBATÃO

HOSPITAL TERCEIRIZADO EM POÁ DEMORA PARA SOCORRER INFARTADO E ELE MORRE

Terceirização irregular: Contrato com Instituto Alpha é reprovado em Cubatão

MAIS DUAS OSs TÊM CONTRATOS IRREGULARES NA SAÚDE DE CUBATÃO

O que a morte de Amanda nos diz sobre a política de terceirização da saúde em Cubatão

Mais terceirização com dispensa de licitação em Cubatão

TERCEIRIZAÇÃO DA SAÚDE EM CUBATÃO ACUMULA MAIS UMA REPROVAÇÃO

TCE MANTÉM IRREGULARIDADE DOS CONTRATOS DO INSTITUTO ALPHA EM CUBATÃO

 

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

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