Montagem com duas notícias de jornal: "Câmara aprova aumento e vereadores vão ganhar R$ 20 mil em 2025" e "Rogério Santos se aposenta da Prefeitura de Cubatão"

Hipocrisia sem fim

Os servidores já aprenderam na prática que não podem confiar nesse governo e nos vereadores. Mas no começo desse ano a hipocrisia ficou mais escancarada do que nunca. Veja:

1) Rogério Santos (PSDB) aposentado:

Quando foi impor a Reforma da Previdência aos servidores de Santos encheu a boca pra falar que as mudanças não trariam prejuízo algum aos trabalhadores. TUDO MENTIRA! Agora os servidores sentem na pele o quanto foi dura essa Reforma que tirou direitos, postergou aposentadorias por anos e diminuiu os ganhos.

Esse mesmo sujeito correu para se aposentar na Prefeitura de Cubatão, onde tem cargo de dentista. Correu porque sabe que seu parceiro de partido, o prefeito Ademário de Oliveira (PSDB), pretende fazer a mesma Reforma da Previdência por lá.

Rogério Santos se aposentou no dia 13/02 com apenas 56 anos de idade. O que seria impossível na Lei que aprovou em Santos. Para os servidores de Santos a idade mínima agora é de 65 anos (fora as obrigações de tempo de contribuição, de serviço público e no mesmo cargo). E, mesmo se conseguisse se aposentar, só sairia com 88% do salário, pois está com 34 anos de serviço (para sair com 100% só com 40 anos).

2) Aumento de 100% para os vereadores:

E no dia 30/03 os vereadores aprovaram aumento de 100% para os próprios salários. A medida vale para a próxima legislatura. Os vencimentos passarão de R$ 9.938,94 para R$ 18.867,82 em janeiro/2025, R$ 19.803,82 em abril e R$ 20.864,78 em julho.

Quando querem, as coisas andam bem rápido. O Projeto, protocolado no sistema dia 28, foi imediatamente pautado, votado e aprovado já na sessão seguinte. A rapidez contrasta com a demora de meses e até anos da maior parte dos Projetos.

O fato é que a maioria dos vereadores literalmente legislou em causa própria. Acharam razoável que ganhem mais de R$ 20 mil, enquanto tem professor da rede que sequer ganha o piso nacional da Educação.

Apenas quatro vereadores votaram contra a proposta: Audrey Kleys (Progressistas), Benedito Furtado (PSB), Débora Camilo (PSOL) e Rui de Rosis (União Brasil).