SERVIDORES INICIAM CAMPANHA

Em assembléia realizada ontem à noite, no Sindicato dos Metalúrgicos, os servidores municipais de Santos ratificaram todos os itens da pauta salarial aprovada em reunião anterior e decidiram cumprir um calendário de mobilização que será iniciado no próximo domingo, com a distribuição de panfletos na praia.

‘‘Nesses panfletos, será feita uma comparação entre os salários pagos pelo Governo Municipal, inclusive os do prefeito, dos seus assessores e dos funcionários dos vários escalões. Vamos mostrar à população as diferenças de valores existentes nos vencimentos do funcionalismo’’, revelou o diretor do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv), Flávio Saraiva.

Dizendo que os funcionários esperam ‘‘propostas decentes’’ da Prefeitura durante as negociações, Flávio fez um alerta: ‘‘Na assembléia de hoje (ontem) os servidores autorizaram o sindicato a fazer paralisações estratégicas nos vários setores da Administração, caso as negociações não avancem. O objetivo é mostrar à população como está a situação salarial da categoria’’.

O dirigente sindical comentou que foi feito um ‘‘convite verbal’’ ao sindicato para uma reunião que acontecerá hoje, às 14h30, na Prefeitura, com o secretário de Administração, Edgard Mendes Baptista Júnior, para discutir a questão salarial. ‘‘Nós vamos comparecer’’, disse Saraiva.

Na assembléia, foram discutidas formas de pressionar o prefeito João Paulo Tavares Papa a estabelecer um calendário de reuniões para o desenvolvimento das negociações. Conforme a diretoria do sindicato, a pauta de reivindicações foi entregue no final de janeiro e até agora a Administração não respondeu ao pedido de abertura dos debates da campanha salarial.

As principais reivindicações dos funcionários municipais são: incorporação do abono residual de R$ 17,04%; 5,13% de reposição da inflação com base no cálculos do ICV/Dieese; 26% a título de compensação pelas perdas salariais acumuladas, que, segundo o sindicato, somam 91,33%; aumento do valor do auxílio-alimentação para R$ 220,00 (R$ 10,00 por dia); e cesta básica de R$ 186,00 para trabalhadores de todos os níveis salariais.

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